A distribuição de equipamentos de proteção individual às IPSS e o reforço do Fundo de Emergência Social foram algumas das medidas anunciadas hoje Pela Câmara de Loures para mitigar os efeitos do surto da covid-19.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Bernardino Soares (CDU), referiu que a autarquia, do distrito de Lisboa, iniciou hoje a distribuição de 1.800 máscaras de proteção, de 2.900 jogos de luvas e mais de 300 litros de desinfetante pelas 29 instituições com respostas sociais no concelho.
A autarquia prevê, igualmente, distribuir brevemente 300 óculos de proteção.
“Estamos a distribuir este ‘kit’ para que estas IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) possam ter proteção. Estamos a falar de material difícil de encontrar no mercado e que lhes confere maior segurança”, justificou o autarca.
Bernardino Soares explicou que se tratam de instituições com resposta de Estrutura Residencial para Idosos, Lar, Centro de Dia, Serviço de Apoio Domiciliário, apoio alimentar e ainda creches que estão a funcionar para receber os filhos de profissionais de serviços essenciais.
Entretanto, a autarquia vai deliberar esta tarde, em reunião do executivo, uma proposta de incremento em 200 mil euros do Fundo de Emergência Social, com vista ao apoio às entidades do setor social.
“Uma vez que não existem, ainda, sinais bem definidos daquilo que será o apoio da Segurança Social, entendemos que não podemos deixar estas entidades colapsar. Temos de as apoiar para que possam apoiar os mais vulneráveis”, sublinhou.
Outra das medidas definidas pelo executivo presidido por Bernardino Soares para mitigar os efeitos do surto da covid-19 é o adiantamento das transferências para as corporações de bombeiros do concelho.
“Ainda esta semana vamos antecipar as transferências de abril e de maio para os bombeiros. É uma altura em que estão com dificuldades acrescidas e menos receitas. Trata-se de 300 mil euros”, apontou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.
Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na véspera (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira (+26,8%).
Dos infetados, 276 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.