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União ajudou Cabo Verde na certificação de país livre de malária - Presidente (C/ÁUDIO)

LUSA
12-01-2024 16:38h

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, sublinhou hoje que a união foi um dos fatores que ajudou o arquipélago a receber da Organização Mundial da Saúde (OMS) o certificado de país livre da malária.

“Mostra também que quando estamos juntos, unidos, podemos conseguir grandes ganhos, grandes sucessos. Mas se podemos dar os parabéns às cabo-verdianas e aos cabo-verdianos por este enorme feito, temos de ter a virtude da gratidão e de agradecer à comunidade internacional pelo seu continuado apoio a Cabo Verde”, afirmou o chefe de Estado, na cidade da Praia.

O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, entregou hoje, na cidade da Praia, o certificado a Cabo Verde como um país livre de malária, juntando-se a um grupo de 43 países e um território.

Para o mais alto magistrado da Nação, o reconhecimento é o fruto de “décadas de combate” à doença, com apoio também da comunidade internacional.

“Muito obrigado por todo o vosso apoio. E a todos, Cabo Verde, a República agradece pelos vários graus de apoio ao processo de desenvolvimento”, prosseguiu Neves, que fez a declaração ao receber os cumprimentos de Ano Novo do corpo diplomático acreditado no arquipélago.

Depois da certificação, o Presidente disse que o compromisso do país é continuar a fazer o “trabalho de casa” para alcançar mais feitos neste e noutros setores.

Cabo Verde é o terceiro país a ser certificado na região africana da OMS, juntando-se às Maurícias e à Argélia, em 1973 e 2019, respetivamente.

O continente africano é o que mais sofre com a malária, de acordo com a OMS, com 95% dos casos globais e 96% das mortes relacionadas com a doença, em 2021.

O certificado de eliminação é concedido quando um país demonstra – com provas rigorosas e credíveis – que a cadeia de transmissão autóctone da malária pelos mosquitos da espécie Anopheles foi interrompida em todo o país durante os últimos três anos consecutivos. 

A malária afeta anualmente cerca de 250 milhões de pessoas em todo o mundo e causa mais de 600 mil mortes.

Desde o último pico de casos no final da década de 1980, a malária em Cabo Verde esteve confinada a duas ilhas: Santiago e Boa Vista, que estão agora livres de malária desde 2017.

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