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Banco Mundial corta crescimento da África subsaariana para 2,9% no ano passado

Lusa
09-01-2024 16:30h

O Banco Mundial reviu em baixa o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 na África subsaariana para 2,9%, menos 0,3 pontos que a estimativa anterior, devido ao abrandamento na Nigéria, África do Sul e Angola.

"O crescimento nas três maiores economias da região (Nigéria, África do Sul e Angola) abrandou para uma média de 1,8% no último ano, atrasando o crescimento geral da região", lê-se no mais recente relatório regional sobre a África subsaariana, divulgado hoje, no contexto das novas previsões sobre a economia mundial.

Para o total dos países da África subsaariana, o Banco Mundial antevê uma aceleração para 3,8% este ano e 4,1% em 2025.

Angola deverá ter crescido 0,5% no ano passado, abrandando face aos 3% de 2022, "com os campos petrolíferos em maturação a contribuírem para uma produção mais baixa, o que vai levar a uma quebra de receitas e desencadear cortes na despesa pública" neste ano de 2024, prevê o Banco Mundial.

Para os economistas do Banco Mundial, o crescimento médio para o próximo ano mascara uma realidade muito diferente entre os países da África subsaariana, com as economias não ricas em recursos naturais a deverem manter uma taxa de crescimento acima da média regional, registando crescimentos de 5% este ano e 5,3% em 2025.

Entre os principais riscos às previsões, o Banco Mundial elenca um aumento da instabilidade e violência política, como a intensificação do conflito no Médio Oriente, as perturbações ao comércio e produção globais ou locais, um aumento da frequência ou intensidade de eventos climáticos adversos, um abrandamento económico mais pronunciado que o previsto, e um risco mais elevado de incumprimentos financeiros ('defaults').

"A forte subida nos custos do serviço da dívida pública em muitas economias da África subsaariana desde a pandemia aumentou a necessidade de uma redução da dívida, particularmente nos países altamente endividados", conclui o Banco Mundial.

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