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Covid-19: Lares em zonas de maior risco serão alvo preferencial para fazer testes

LUSA
30-03-2020 17:22h

Os lares de idosos que estão integrados em zonas de maior risco de propagação do novo coronavírus serão “alvo preferencial” da intervenção do Ministério da Saúde para a realização de testes, segundo a diretora-geral da Saúde.

Hoje começaram a ser realizados testes de despistagem à covid-19 em lares da terceira idade de Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda.

Questionada na conferência de imprensa diária, no Ministério da Saúde, sobre o Porto, a região mais afetada, não estar incluído nesta primeira fase, Graça Freitas explicou que os trabalhadores dos lares serão “todos gradual e progressivamente testados, porque se identificar alguém positivo e assintomático é logo isolado do circuito”.

“Esse é o grande objetivo de testar todos os profissionais”, frisou, explicando que esta medida resultou de um trabalho conjunto dos ministérios do Trabalho e da Segurança Social, da Ciência e da Saúde e outras entidades.

Graça Freitas explicou que houve critérios dos outros dois ministérios para testarem determinados lares e a saúde vai testar de acordo com critérios do risco populacional.

“Aqueles lares que estarão integrados em zonas de populações de maior risco onde circula mais o vírus serão alvo preferencial da intervenção do Ministério da Saúde”, salientou.

Segundo a diretora-geral da Saúde, os profissionais que testarem positivo sairão do atendimento e os que testarem negativos se continuarem a fazer atendimento aos utentes terão de usar material de proteção individual para não contagiar se forem um falso negativo.

Na sua intervenção inicial na conferência sobre a atualização dos dados da covid-19 em Portugal, o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou que “a testagem em populações de risco como os idosos e os funcionários de lares tem sido uma preocupação constante”.

“Nas próximas semanas vão ser testados os funcionários dos lares e utentes destas unidades que registem algum tipo de suspeita”, uma medida que visa diminuir “o efeito de propagação nos lares que é efetivamente uma grande preocupação” das autoridades.

Graça Freitas quis ainda deixar “uma palavra de tranquilidade” aos idosos: têm uma taxa de mortalidade superior à das outras pessoas mas não é uma fatalidade ter covid e morrer”.

“A maior parte dos idosos mesmo com covid, mesmo com doenças associadas felizmente sobrevive, portanto, muita tranquilidade também aos idosos”, apelou Graça Freitas.

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