Os municípios de Arganil e Vila Nova de Poiares adaptaram instalações escolares para poderem ser utilizadas como hospitais de campanha no combate à pandemia da covid-19, anunciaram hoje estas duas autarquias do distrito de Coimbra.
Em Arganil, a Câmara Municipal transformou o pavilhão da Escola Básica 2,3 numa “estrutura de acolhimento com características de hospital de campanha equipado com 50 camas” cedidas pelo Exército.
“O espaço encontra-se preparado desde sexta-feira (…) para acolher doentes infetados com a covid-19 em caso de necessidade, reforçando a capacidade de resposta” do Serviço Nacional de Saúde (SNS), informa em comunicado.
O executivo liderado por Luís Paulo Costa, “esperando o melhor, mas preparado para o pior, (…) avançou com uma solução que será posta em prática em último recurso e num cenário muito negativo da pandemia”.
“Esperamos que esta unidade nunca venha a ser ativada, mas temos a obrigação de tê-la acautelada”, realça Luís Paulo Costa, citado na nota.
O hospital de campanha dispõe de roupas de cama e de banho, além material de apoio, como mesas e cadeiras.
“A ativação dos profissionais de saúde e dos respetivos equipamentos médicos só acontecerá numa fase posterior, se o SNS não tiver capacidade de resposta para as pessoas que precisam de acompanhamento hospitalar”, esclarece a Câmara, frisando que esta solução, se for necessário, funcionará como “retaguarda das unidades hospitalares locais e regionais”.
Também em Vila Nova de Poiares, a Câmara “transformou as salas de aula e o pavilhão do Centro Escolar de Poiares – Santo André num verdadeiro hospital de campanha”.
Trata-se de “uma atitude preventiva que visa dotar o concelho de capacidade de resposta em caso de alguma eventualidade nesta luta desigual”, afirma em comunicado a autarquia presidida por João Miguel Henriques.
“As mesas e as cadeiras deram lugar às camas, numa ação que foi articulada entre todos os elementos da Comissão Municipal de Proteção Civil”, envolvendo as juntas de freguesia, a GNR, o delegado de Saúde e os lares de idosos da Associação de Desenvolvimento Integrado de Poiares (ADIP) e da Irmandade de Nossa Senhora das Necessidades.
Na nota, João Miguel Henriques explica ser uma medida de prevenção que os promotores desejam “nunca pôr em prática”.
“Mas temos de estar preparados para responder a todas as eventuais situações de crise” em resultado da pandemia, acrescenta.
O autarca reitera “o apelo para que todos e todas cumpram as recomendações do Governo e da Direção Geral de Saúde (DGS) e que permaneçam nos seus lares, saindo apenas para o estritamente necessário”.