Faltam testes e, por isso, os números que as autoridades apresentam pecam por defeito. Jorge Roque da Cunha também não ficou indiferente à situação do Hospital dos SAMS e defende a requisição civil.
O Hospital dos SAMS devia ter tomado medidas imediatas, assim como o Delegado Regional de Lisboa, Mário Durval, para evitar que o contágio acontecesse e se chegasse a uma situação insustentável. Jorge Roque da Cunha não entende porque é que a urgência não foi logo fechada, e porque motivo foi ditado o encerramento dos centros clínicos, onde não exista contaminação. O secretário geral do Sindicato Independente dos Médicos entende que o governo deve avançar já com uma requisição civil.
O médico especialista em medicina geral e familiar, e secretário geral do Sindicato Independente dos Médicos, admite que é difícil prever uma pandemia desta dimensão, mas afirma que a preparação dos serviços não era tão pouco mínima, com consequências diretas para a segurança dos profissionais de saúde. Os números apresentados continuam a pecar por defeito, uma vez que não há testes para todos.
A atenção das autoridades está agora centrada no combate à covid-19 mas Jorge Roque da Cunha lembra que continuam a existir doentes crónicos, além de utentes que precisam de acompanhamento presencial. Ainda assim, o contacto indirecto com o centro de saúde e o médico de família, deve acontecer sempre que possível.