A família real britânica, primeiro-ministro e milhares de populares aderiram na quinta-feira à noite à primeira edição do aplauso aos profissionais de saúde que continuam a trabalhar durante a pandemia de covid-19.
Numa mensagem publicada na conta oficial da rede social Instagram, a rainha Isabel II manifestou-se “enormemente agradecida pelo conhecimento e empenho” dos cientistas, médicos e serviços de emergência públicos.
Na mesma conta foi publicado um vídeo de pessoas a aplaudir no castelo de Windsor, onde a monarca, de 93 anos, e o marido, príncipe Filipe, de 98 anos, estão atualmente instalados.
Também pelas redes sociais foi publicado um vídeo dos bisnetos, príncipes George, Charlotte e Louis, filhos do príncipe William, atualmente numa propriedade em Norfolk, a aplaudir, com a legenda: “A todos os médicos, enfermeiros, prestadores de cuidados, médicos de família, farmacêuticos, voluntários e outro pessoal do NHS [Sistema Nacional de Saúde]: obrigado”.
Separadamente, o príncipe Carlos, que foi diagnosticado como infetado pelo covid-19 e está atualmente em isolamento em Balmoral, na Escócia, também publicou na rede Instagram um vídeo a aplaudir.
Imagens transmitidas nas televisões ou partilhadas na Internet mostraram milhares de pessoas nas ruas, à porta de casa ou às janelas, batendo palmas, tendo alguns tocado buzinas ou batido em panelas.
O apelo para um aplauso às 20:00 horas foi iniciado por foi uma holandesa radicada no Reino Unido, Annemarie Plas, e partilhado milhões de vezes, entre outros, pelo ministro da Saúde, Matt Hancock.
O primeiro-ministro, Boris Johnson, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, também aderiram, aparecendo juntos em Downing Street, onde estão as respetivas residências oficiais.
A promotora de “Clap for our Carers” [Palmas aos nossos cuidadores] disse ter sido inspirada por iniciativas semelhantes no próprio país e em outros países europeus.
“Espero que dê um incentivo positivo aos que estão na linha da frente, mas também, ao ouvir os vizinhos aplaudir, mostrar que estamos todos juntos nisto e criar um sentimento de união”, afirmou Plas.
No balanço publicado na quinta-feira, o Ministério da Saúde britânico deu conta de 11.658 casos positivos entre 104,866 pessoas testadas à covid-19, tendo 578 dos infetados morrido, mais 115 do que os 463 óbitos declarados na véspera.