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Save the Children avisa que casos de subnutrição podem aumentar em Madagáscar

Lusa
12-09-2025 08:50h

A organização não-governamental Save the Children alertou hoje que o número de casos de subnutrição entre crianças com menos de 5 anos de idade em Madagáscar podem aumentar 54% devido às alterações climáticas.

Segundo a organização, os casos de subnutrição em Madagáscar podem aumentar 54% nos próximos meses devido às secas prolongadas e às inundações provocadas pelos ciclones, que já provocaram "perdas agrícolas significativas".

Em comunicado, a representante da Save the Children no país, Tatiana Dasy, refere que Madagáscar é um dos países que menos contribui para as alterações climáticas, mas é um dos Estados mais afetados pelos efeitos do aquecimento global. 

A organização não-governamental analisou os novos números publicados no relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) e comparou-os com as projeções anteriores.

As conclusões indicam que o número de crianças de Madagáscar que podem sofrer de subnutrição aguda até abril de 2026 aumentou de 357.900 para 558 mil.

As projeções incluem mais de 155.600 crianças em risco de subnutrição, que "pode ser fatal", em caso de falta de ajudas urgentes.

A Save the Children indicou ainda que o aumento dos preços dos alimentos, os surtos de doenças como a diarreia e a malária, práticas de saúde inadequadas e um sistema de saúde frágil combinaram-se para agravar a crise da fome infantil, em Madagáscar.

Em particular, o sul e o leste de Madagáscar são as áreas do país que podem ser mais afetadas.

"É urgente expandir as operações para prestar assistência vital e sustentável às comunidades afetadas, com especial atenção às crianças, avisou a organização.

Tatiana Dasy disse que é urgente garantir maior acesso a água potável, alimentos e outros mantimentos essenciais para as crianças e famílias vulneráveis no país africano no Índico.

A mesma responsável da Save the Children instou ainda os países com rendimentos elevados a aumentarem o "financiamento climático" no sentido de apoiarem os países de rendimento baixo, "que estão na linha da frente da crise climática".

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