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Covid-19:  “Em alternativa à restrição da presença de acompanhante, que seja dada às grávidas a possibilidade de comunicar” - APDMGP

S+ / LP
26-03-2020 22:08h

A chegada da COVID-19 a Portugal tem deixado várias grávidas assustadas e a ponderar outras alternativas para o dia do parto, como fazê-lo em casa. O cenário que podem encontrar nos hospitais e as restrições aplicadas nas Unidades de Saúde podem ser as principais razões.

Em entrevista ao S+, Sara do Vale, da Associação Portuguesa pelos Direitos da Mulher na Gravidez e Parto, fala-nos do importante trabalho que têm realizado para auxiliar todas as futuras mamãs, que atravessam agora uma altura de grande incerteza.

 

Das inúmeros dúvidas que têm recebido diariamente, há uma em comum- "O que podemos fazer para o pai estar presente, numa altura em que os hospitais estão a impedir a presença de acompanhante?". 

Sara do Vale apela para que, como alternativa a esta restrição, seja facilitada a comunicação para estas mães, através do uso do telemóvel que, em situação normal, não entra para o internamento.

 

Com Portugal a atravessar a crítica fase de mitigação há quem pondere ter o parto em casa. Uma decisão que para a APDMGP, não deve ser tomada em situações de pânico nem vista como uma fuga. Sara do Vale, realça ainda que é importante estabelecer um diálogo prévio com as instituições de saúde onde estava já planeado o parto.

 

As mães infetadas com COVID-19 não devem ser separadas do bebé, devem amamentar e, no caso de estarem demasiado debilitadas, devem ter a possibilidade de tirar o leite materno. Apesar deste ser um vírus desconhecido reforça que, por outro lado, há evidência a suportar a importância deste vínculo, que não deve ser agora quebrado.

E, numa altura em que todas as mães têm de ganhar forças para ultrapassarem esta fase, Sara do Vale, dá uma ajuda e deixa uma mensagem.

 

Nasceu, na última madrugada, mais um bebé filho de uma mãe infetada com COVID-19, no Hospital de São João, no Porto. O primeiro teste feito ao bebé deu negativo. Este é o segundo nascimento em Portugal de um bebé filho de uma mulher infetada com o novo coronavírus.

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