Mais de 85% das empresas afirmam que podem e conseguem funcionar em regime remoto ou misto, revela o barómetro da Associação Portuguesa dos Profissionais de Marketing (APPM) sobre impacto do novo coravírus no ‘marketing’, hoje divulgado.
O barómetro, denominado "Impacto covid-19 no ‘marketing’", teve como base um questionário feito a uma audiência de 129 empresas/diretores de ‘marketing’ do tecido empresarial português, tendo os dados sido recolhidos entre 19 e 25 de março.
Neste primeiro barómetro, que será atualizado a cada 20 dias, concluiu-se que "86% das empresas podem e conseguem funcionar em regime remoto ou misto".
Pouco mais de metade (52%) dos inquiridos afirmaram que as empresas "não vão ter problemas em cumprir com as obrigações salariais e/ou fiscais previstas para março e abril".
No entanto, "o potencial cenário de cortes no departamento de ‘marketing’ representa a preocupação dos profissionais participantes", refere o estudo.
No que respeita ao impacto no orçamento, da totalidade dos inquiridos, quase um quinto (18%) viu o seu orçamento "completamente eliminado".
O barómetro destaca como "mais preocupante os números registados em termos de operação das empresas, em que 22% parou completamente as suas operações ou produção".
Relativamente à comunicação, os dados revelam que "54% dos 129 inquiridos considera que não teve uma diminuição no esforço de comunicação ou pelo menos é cedo para dizer" e "apenas 14% decidiu parar totalmente qualquer comunicação".
"O estudo mostra-nos também que esta pandemia vai obrigar muitas empresas a acelerar a sua transformação digital e a rever os seus processos de modo a torná-los mais ágeis", refere o presidente da APPM, Rui Ventura, citado no comunicado.
"Apesar do quadro ser de apreensão, o barómetro aponta para outros aspetos positivos: é um bom momento para testar inovação e criatividade para ultrapassar alguns dos obstáculos", acrescenta.
"Acredito que este momento, apesar da dificuldade extrema que coloca às empresas, nos vai tornar mais fortes, mais coesos e mais próximos", salienta o presidente da APPM.