O triatleta britânico bicampeão olímpico Alistair Brownlee vai competir mais um ano em distâncias curtas de forma a poder competir nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, adiados para 2021 devido à pandemia da covid-19.
“Tinha a certeza de que Tóquio2020 ia ser a minha última prova de curta distância, mas agora vou ter de a fazer mais um ano”, resignou-se o campeão em Londres2012 e Rio2016, que vai tentar o ‘tri’ no Japão.
Os Jogos Olímpicos, que se deveriam realizar de 24 de julho a 09 de agosto, foram remarcados “o mais tardar” para o verão de 2021 pelo Comité Olímpico Internacional e pelos organizadores japoneses, pressionados pela pandemia de coronavírus.
“A conclusão lógica é que será mais difícil, porque terei mais um ano. Será um desafio, mas há muitas pessoas em posição muito pior do que a minha”, assumiu o atleta de 31 anos.
Ainda assim, manifestou-se totalmente de acordo com o adiamento: “As Olimpíadas são uma coisa inspiradora, mas quando as pessoas estão no hospital a perder as suas vidas, parece inapropriado que os recursos sejam alocados a um evento desportivo”.
O irmão mais velho dos Brownlee deseja passar a fazer somente ‘Ironman’, ou seja, 3,8 quilómetros de natação, 180 de ciclismo e 42 de corrida, enquanto o modelo olímpico são 1,5 quilómetros a nadar, 40 a pedalar e 10 a correr.
“Quero voltar a correr longas distâncias e, no futuro, vou concentrar-me apenas no Ironman'”, explicou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 226.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos registados até terça-feira.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 43 mortes e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira. Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.