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Covid 19: Deputado do PSD/Açores quer reforço dos apoios a famílias e empresas

LUSA
25-03-2020 20:39h

O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República Paulo Moniz enviou hoje uma carta ao primeiro-ministro onde apela a António Costa para que reforce os apoios às famílias e às empresas devido à crise provocada pelo novo coronavírus.

Na missiva, publicada nas redes sociais, o parlamentar social-democrata eleito pelos Açores, defende, por exemplo, a redução do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis), a eliminação dos pagamentos por conta do IRC e IRS e adiantamentos de apoios às empresas, com 0% de juros.

"É necessário implementar urgentemente a possibilidade de pagamento mais parcelado do IMI, se não até a diminuição deste imposto, garantindo o Estado, durante os próximos dois anos, a receita que os municípios venham a perder", destacou Paulo Moniz, recordando que esta seria uma medida "de grande impacto" na economia.

No seu entender, o Governo deve ter também a "coragem" e o "arrojo" de decretar, por exemplo, a eliminação dos pagamentos por conta do IRC e IRS em 2020, atendendo a que as empresas "precisam de dinheiro em caixa" para fazer face aos seus compromissos e pagar também os seus trabalhadores.

"Sugiro também que o Governo facilite uma linha de apoio, considerada como adiantamento e não como um empréstimo, com um juro de 0% e com carência de 18 a 20 meses, os montantes que estas empresas precisam para manter os postos de trabalho e o emprego", insistiu o deputado do PSD/Açores.

Na carta enviada ao chefe do Governo, Paulo Moniz volta a falar nas ligações aéreas entre o continente e os Açores, que no seu entender deviam ter sido suspensas há muito tempo, para impedir que passageiros que se deslocam ao arquipélago infetem os habitantes locais.

Sobre esta matéria, o deputado do PSD garante que, na devida altura, irá "pedir contas" ao Governo.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 428 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 19.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na véspera (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira (+26,8%).

Dos infetados, 276 estão internados, 61 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.

De acordo com a Autoridade de Saúde dos Açores, estão confirmados, atualmente, 22 casos positivos de infeção pela covid-19 no arquipélago, quase todos eles resultantes do regresso às ilhas de açorianos que efetuaram viagens ao continente e ao estrangeiro.

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