A delegação de Chaves da Cruz Vermelha Portuguesa recebeu pedidos de ajuda de mais 50 agregados familiares, apelando à doação de bens de primeira necessidade para “continuar a dar resposta” a quem precisa, disse hoje a vice-presidente.
Além das cerca de 50 famílias que a instituição de Chaves, no distrito de Vila Real, acompanha mensalmente, tem havido “muitos pedidos de ajuda” de cerca de mais 50 famílias, adiantou à Lusa Cidália Mocho.
“Face à pandemia da covid-19 estamos numa fase onde não somos criteriosos e estamos a dar alimento”, realçou.
Com o dobro dos pedidos de ajuda por parte de agregados familiares no concelho de Chaves e a falta de campanha de recolha de alimentos, disse, há “determinados alimentos que estão a escassear”.
Em comunicado na sua página na rede social Facebook é feito o apelo para a doação de, “sobretudo”, leite, bolachas e alimentos enlatados.
A vice-presidente da Cruz Vermelha de Chaves lembrou ainda que a ajuda a famílias significa por vezes agregados familiares de sete pessoas.
Além da entrega de alimentos, a instituição tem também promovido a compra e entrega de medicamentos, bem como prestado apoio social.
“Temos andado nas aldeias para perceber quem precisa de ajuda, sempre equipados com máscaras para proteção. Na rua temos duas assistentes sociais, um médico e um psicólogo e, entre outras ajudas, fazemos ainda o acompanhamento a grávidas e a mães recentes”, sublinhou.
A Cruz Vermelha Portuguesa de Chaves apela à população para doar alimentos e serem entregues na sede da delegação “ao cuidado da equipa de emergência na porta de entrada”.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
Em Portugal, há 33 mortes, mais 10 do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, que regista 302 novos casos em relação a segunda-feira (mais 14,7%).
Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.