A Arábia Saudita anunciou hoje a primeira morte no país devido ao novo coronavírus e um aumento recorde de 205 novos casos nas últimas 24 horas, que eleva o total de infetados para 767.
Segundo o Ministério da Saúde saudita, um cidadão afegão, residente em Medina (oeste), morreu de covid-19.
A Arábia Saudita é o país do Golfo Pérsico com mais casos registados, com cerca de um terço das 2.100 infeções notificadas na região.
Na segunda-feira, as autoridades impuseram o recolher obrigatório para tentar conter a propagação do vírus, ordenaram o encerramento de cinemas, centros comerciais e restaurantes e suspenderam todos os voos.
Foi também suspensa a peregrinação de Umra, uma peregrinação a Meca que pode ser realizada em qualquer altura do ano, por vezes designada “pequena peregrinação” por comparação com a Hadj, a grande peregrinação a Meca.
O país proibiu também a entrada de estrangeiros nas duas cidades santas, Meca e Medina.
Medidas económicas foram ainda anunciadas, com um montante total de 120 mil milhões de riyals (29,6 mil milhões de euros) para apoiar as empresas.
“O mais difícil está para vir”, disse na sexta-feira o rei Salman, apelando aos sauditas para “seguirem as instruções” das autoridades.
Além da Arábia Saudita, outros países da região do Golfo Pérsico anunciaram medidas contra a propagação do novo coronavírus.
Omã vai suspender todos os voos comerciais a 29 de março, à exceção das ligações à península de Musandam, separada do resto do sultanato por território dos Emirados Árabes Unidos.
O Kuwait ordenou o confinamento da população e anunciou penas de prisão até 10 anos para quem transmitir intencionalmente a doença.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.