O presidente da Federação Portuguesa de Judo, Jorge Fernandes, congratulou-se com a decisão de hoje de um adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio2020 para o próximo ano, devido à pandemia da Covid-19.
“Ficámos muito satisfeitos com a decisão”, frisou Jorge Fernandes em declarações à agência Lusa, um dia depois de ter defendido esse mesmo adiamento, face à crise sanitária que se vive e à paragem das competições.
Depois de muita pressão de várias federações nacionais e internacionais, o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos anunciaram hoje o adiamento, ficando sem efeito o evento previsto entre 24 de julho e 09 de agosto deste ano.
“Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde, o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma dar posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021”, lê-se no comunicado.
Na segunda-feira, a World Athletics, presidida por Sebastian Coe, tinha defendido esse mesmo adiamento, e em Portugal várias federações, além do Comité Olímpico de Portugal, pediram o mesmo, entre as quais a de Judo.
“Defendemos o adiamento para 2021. A UEFA também adiou [o Europeu] e o COI deveria fazer o mesmo”, disse então à Lusa Jorge Fernandes, justificando com a ausência das competições de apuramento e a própria ansiedade dos desportistas.
Na modalidade, cujo circuito internacional de apuramento tem as competições paradas, Portugal tem atualmente oito judocas em posição elegível para os Jogos Olímpicos, e precisa de apurar um terceiro elemento masculino para competir também como equipa.
Individualmente estão em lugares de qualificação os judocas Catarina Costa (-48 kg), Joana Ramos (-52 kg), Telma Monteiro (-57 kg) Bárbara Timo (-70 kg), Patrícia Sampaio (-78 kg), Rochele Nunes (+78 kg), Anri Egutidze (-81 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, há 29 mortos e 2.362 infetados confirmados. Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.