Frederico Varandas, médico e presidente do Sporting, não foi, até hoje, notificado para voltar a apresentar-se ao serviço das Forças Armadas, devido à pandemia de covid-19, disse à Lusa fonte oficial do clube.
Segundo a mesma fonte, Varandas voluntariou-se, em 18 de março, “para ajudar no combate à pandemia mundial atual e sem qualquer convocatória por parte do Exército”, e que até hoje não chegou.
Hoje, o Ministério da Defesa Nacional esclareceu que Frederico Varandas, médico e presidente do Sporting, foi um dos militares na reserva notificados para voltar ao serviço devido à pandemia de covid-19.
Horas depois, fonte oficial do Sporting afirmou à Lusa que Frederico Varandas “solicitou também autorização para fazer, no dia 19 de março, uma formação no Hospital Militar em covid-19, autorização essa que foi concedida” e confirmada três dias depois.
Ainda hoje, segundo a mesma fonte, os serviços do hospital das Forças Armadas “telefonicamente solicitaram a Frederico Varandas o pedido para fazer o requerimento de acumulação de funções”, face o “caráter excecional do presente estado de emergência vigente”, acrescentou.
Frederico Varandas “está orgulhoso e honrado por, mais uma vez, poder servir o país”, ainda segundo a mesma fonte.
Numa nota enviada à Lusa, o Ministério esclareceu hoje que “o capitão Frederico Varandas detinha licença especial para efeitos eleitorais”, de acordo com a Lei de Defesa Nacional que permite a um militar concorrer a eleições.
Essa licença caducou “com a entrada em vigor do decreto do Presidente da República”, que impôs o estado de emergência, pelo que é determinado “o regresso do militar à sua anterior situação”.
“Consequentemente, o Exército Português notificou todos os seus militares que detinham licenças com a natureza referida sobre a necessidade de se apresentarem ao serviço”, lê-se na nota, tendo Frederico Varandas sido um dos militares a quem foi ordenado o regresso.
Em 19 de março, o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) fez um apelo a voluntários - inclusive militares na reserva e na reforma, e ex-militares - para auxiliarem as Forças Armadas no reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Logo nesse dia, o presidente do Sporting, Frederico Varandas, disse que acedeu ao apelo do EMGFA e mostrou-se disponível para voltar a "servir" Portugal enquanto vigorar o estado de emergência, devido à pandemia de covid-19.