Os Presidentes francês, Emmanuel Macron, e chinês, Xi Jinping, falaram esta tarde por telefone e concordaram em pedir aos restantes países uma cimeira extraordinária do G20 sobre os desafios económicos e sanitários da crise provocada pela covid-19.
"Os dois Presidentes concordaram que uma cimeira sobre este tema será útil, especialmente no plano sanitário, em associação com a Organização Mundial de Saúde, de forma a trabalhar em conjunto no tratamento e vacina contra a doença e também no plano económico", indicou fonte da presidência francesa.
A nível económico, os dois líderes querem discutir com os restantes países do G20 a estabilização da economia mundial através de medidas de coordenação no plano orçamental e monetário, assim como ajuda aos Estados mais vulneráveis.
O grupo dos países mais desenvolvidos e emergentes (G20) inclui Argentina, Austrália, Brasil, Reino Unido, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia e os Estados Unidos e a União Europeia.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, mais de 6.000, segundo os dados divulgados hoje pela Proteção Civil italiana e um número total de 63.927 pessoas infetadas, das quais 7.423 já curadas.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.