SAÚDE QUE SE VÊ

COVID-19: Wuhan sem novos casos de infeções há dois dias

CANAL S+ VD
20-03-2020 12:52h

Cinquenta dias depois do início do surto de COVID-19, a cidade de Wuhan, na província de Hubei, no centro da China, regista pelo segundo dia consecutivo zero casos de infeção pelo novo coronavírus.

O feito foi celebrado pelos 40 mil profissionais de saúde, destacados pelo governo de Pequim na cidade de 11 milhões de habitantes.

A grande maioria teve ordem para regressar de avião às suas casas, localizadas em outras províncias chinesas.

Ainda a residir em Wuhan, o luso-australiano Rui Severino saiu pela primeira vez do seu isolamento profilático para ir às compras ao centro da cidade, acompanhado por um amigo.

Antes de abandonar o centro de treino de cavalos do Yulong Jockey Club, onde trabalha entre os meses de Novembro e Maio, este luso-australiano muniu-se de máscara, fato e luvas de proteção para impedir o contágio pelo COVID-19.

Desde que regressou a Wuhan, a 15 de Janeiro de 2020, Rui Severino que é cidadão de origem portuguesa e australiana, assistiu incrédulo às medidas de contenção chinesas que classificou de “exemplares”. Por esse motivo, recusou ser expatriado para Portugal, por via aérea como aconteceu aos restantes portugueses a viver na cidade chinesa e decidiu permanecer no país. O treinador de cavalos confessa que se sente mais protegido pela forma “eficaz” como as autoridades chinesas têm vindo a dar resposta a toda esta crise sanitária mundial.

Antes mesmo de entrar no centro da cidade de Wuhan, foi preciso esperar um pouco para passar pela barreira policial destacada para controlar a temperatura dos cidadãos, um dos métodos de contenção da pandemia adotado e com elevado grau de eficácia na deteção de novos casos.

Na curta viagem até ao centro da cidade de Wuhan, ainda com muitas ruas desertas, onde se avistam apenas alguns funcionários do município a limparem os passeios, Rui Severino aproveitou para levantar dinheiro.

Sempre cauteloso, à saída do banco chinês, Rui Severino dirigiu-se de imediato ao supermercado do outro lado da rua, um local que já não frequentava há demasiado tempo e que, ainda assim, se mantém com pouca afluência de público. Já de regresso a casa, o luso-australiano, Rui Severino mostra-se confiante que a pandemia COVID-19 comece a reduzir o seu impacto na China e no mundo de modo a regressarmos à devida normalidade.

Até ao momento, a COVID-19 já infetou na China 80 mil 967 pessoas e provocou a morte a 3 mil 248 pessoas. A Itália é o país com maior número de vítimas ao registar 3405 óbitos num universo de 41 mil infetados.

 Em Portugal, o último boletim epidemiológico da Direção Geral de Saúde regista 6 mortes causadas pela COVID-19, 1020 casos confirmados e 7732 casos suspeitos.

MAIS NOTÍCIAS