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Covid-19: Gaia procura voluntários para ajudar idosos e garante ‘kit’ de proteção e seguro

LUSA
18-03-2020 18:03h

A Câmara de Vila Nova de Gaia começou hoje a entregar cabazes alimentares a idosos e famílias carenciadas, razão pela qual está a recrutar voluntários aos quais garante um 'kit' de proteção e seguro de acidentes.

O 'kit' que é distribuído aos voluntários, que têm de ter pelo menos 18 anos, é composto por gel desinfetante, máscara e luvas e para se inscreverem estes podem enviar 'email' para a presidência do Município.

Quanto aos cabazes, descreveu a autarquia de Gaia, distrito do Porto, estes estão a ser preparados no Centro de Alto Rendimento de Gaia, sendo compostos por leite, manteiga, queijo, arroz, massa, feijão, legumes, fruta, atum, salsichas e ovos.

O objetivo é que os idosos e pessoas com debilidades não saiam de casa sequer para fazer compras, num momento em que foi declarado estado de alerta devido à pandemia Covid-19.

Paralelamente a Câmara de Gaia assinou protocolos com as 15 Juntas de Freguesia do concelho, às quais vai destinar 200 mil euros para que levem a cabo o programa "Os Seniores de Gaia precisam de ti" que na prática se traduz no apoio ao domicílio e abastecimento de bens essenciais, sendo também "indispensável", frisa a autarquia, "ajuda de voluntários".

Um segundo projeto destina-se a famílias enquadradas no escalão A da ação social escolar referenciadas pelos agrupamentos de escolas.

"Estes programas estão inseridos num pacote mais amplo de medidas de caráter social e socioeconómico que a Câmara Municipal de Gaia está a implementar no sentido de apoiar os cidadãos, os mais vulneráveis e não só, e as empresas estabelecidas no concelho, para que, juntos, sejamos todos capazes de ultrapassar este momento difícil", lê-se em nota camarária.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até quarta-feira, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

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