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Covid-19: Câmara de Gondomar isenta rendas nos conjuntos habitacionais por 3 meses

LUSA
18-03-2020 17:56h

A Câmara de Gondomar vai isentar na totalidade as rendas nos conjuntos habitacionais do município, num total de 3.450 agregados familiares abrangidos, e duplicar as verbas atribuídas aos programas de apoio alimentar e de habitação, revelou hoje o presidente.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, indicou que a isenção das rendas nos empreendimentos municipais pode significar cerca de 195.000 euros de perda de receita, no entanto o objetivo é que as famílias mantenham civismo e cumpram as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), o que implica ficar em casa.

"Isso talvez signifique menores rendimentos, portanto procuramos incentivar as famílias", descreveu o autarca, apelando ao cumprimento das recomendações de higiene e proteção devido à pandemia Covid-19.

A isenção decidida hoje será válida por três meses.

O concelho de Gondomar, distrito do Porto, tem 29 empreendimentos sociais.

Quanto à duplicação dos valores de apoio no programa "+Habitação", em causa está o apoio a mais de meio milhar de famílias, sendo que valor mensal passa para 50.000.

Estas medidas juntam-se a outras tomadas anteriormente, nomeadamente a preparação de preparar um espaço no centro de saúde de São Cosme com "circuito próprio e restrito" só para atendimento de casos suspeitos Covid-19, bem como o levantamento junto das Juntas de Freguesia e Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) de todas as pessoas que residem no concelho com mais de 60 anos para perceber qual o nível de apoio destas, entre outras.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou quarta-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.

Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos até quarta-feira, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial.

Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

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