SAÚDE QUE SE VÊ

Marcelo agradece a hospital de São João e ao SNS após alta

LUSA
03-12-2025 12:59h

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, agradeceu hoje ao Hospital de São João, no Porto, onde foi operado a uma hérnia, o tratamento recebido, e enalteceu o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

As declarações do Chefe de Estado foram feitas aos jornalistas no hospital portuense, após ter tido alta clínica.

“O SNS, uma vez mais, está de parabéns, do ponto de vista do agradecimento do Presidente da República e do cidadão Marcelo Rebelo de Sousa, que aqui se confundem, o doente e o Presidente da República. Não é a primeira vez que enfrento situações mais complicadas nos meus dois mandatos e recorri sempre ao Serviço Nacional de Saúde em diversas unidades”, disse Marcelo Rebelo de Sousa que saiu do Hospital de São João cerca das 13:00.

Numa mensagem ao país cerca de um dia e meio depois de ter dado entrada no Hospital de São João para ser operado a uma hérnia encarcerada, o chefe de Estado fez elogios a esta unidade, à sua equipa de profissionais e quis reforçar a confiança no SNS.

“Os portugueses, com todos os problemas que tem o Serviço Nacional de Saúde, e nós sabemos que tem, de facto, devem ao Serviço Nacional de Saúde uma função inestimável. É por isso que se diz muitas vezes que é uma grande conquista da democracia, mas que precisa de ser alimentada e renovada e apoiada permanentemente porque tem sido uma garantia da saúde de milhões de portugueses ao longo destes 50 anos”, referiu.

Além de referências ao SNS, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou o papel do Hospital de São João, considerando que esta instituição que conta com 8.500 trabalhadores “é um mundo” que trabalha de “forma tão competente, tão eficiente, tão dedicada, tão acolhedora”.

Marcelo Rebelo de Sousa foi operado a uma hérnia, uma situação, disse, “congénita e de família” que já o obrigou a outras paragens.

“É de família, é o tropismo para hérnias intestinais. Já o pai tinha e a minha filha tem. E eu, como se sabe, é a quarta hérnia operada e esta inesperadamente”, descreveu.

A este propósito, Marcelo Rebelo de Sousa confirmou que adiou a visita a Espanha para fevereiro e ao Vaticano ainda para data a designar, mas mostrou que não pretende parar de trabalhar.

“Daqui até ao termo de mandato temos três meses e uns dias, e pelo meio, os portugueses estão naturalmente muito empenhados na campanha pré-eleitoral, depois na campanha eleitoral, pelo meio a apresentação de candidaturas, mas as instituições continuam a funcionar. Está pendente na Assembleia da República o Orçamento do Estado. Há vários diplomas pendentes, há diplomas pendentes no Tribunal Constitucional, há muito trabalho para o Presidente fazer nos próximos dias”, disse.

Acompanhado pela equipa clínica do hospital, liderada pela presidente da ULS, Maria João Baptista, e pelo chefe da Casa Civil do Presidente da República, Fernando Frutuoso de Melo,

Marcelo Rebelo de Sousa prometeu, no entanto, que vai cumprir as indicações médicas e fazer repouso, bem como ter cuidados alimentares e físicos.

“Quando fui da primeira operação, em que me senti à saída um bocadinho mais marcado pela situação, estive um mês e meio, quase dois meses, sem deslocações externas e cancelei muito programa que tinha no começo do ano de 2018. Agora, até o Natal, depois do Natal até o fim do ano, naturalmente é um período de maior repouso”, apontou.

Além das referências à sua saúde e agenda, o Presidente da República, que antes de entrar no carro que o levará a Lisboa ainda recebeu um livro e um ramo de flores pelas mãos do vice-presidente da Liga dos Bombeiros, Emanuel Santos, fez referências à jornalista Constança Cunha e Sá e à radialista Olga Cardoso que morreram recentemente.

No Hospital de São João, Marcelo Rebelo de Sousa, 76 anos, recebeu a visita, na terça-feira, do Presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, e do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e hoje de manhã do secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, bem como do presidente da Câmara Municipal do Porto, Pedro Duarte (PSD).

Antes de sair, e depois de comer uma refeição ligeira, promulgou alguns diplomas e esteve a conviver com as pessoas do hospital, conforme conferenciou aos jornalistas.

“Estive a ver a atividade da biblioteca e a tirar algumas ‘selfies’”, conferenciou à chegada ao hall do hospital.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, foi admitido na segunda-feira à noite no Hospital de São João, no Porto, depois de se ter sentido indisposto, na sequência de uma paragem de digestão, indicou a Presidência da República.

Marcelo Rebelo de Sousa, 76 anos, presidiu durante a manhã de segunda-feira, na Praça dos Restauradores, em Lisboa, às comemorações de homenagem aos Heróis da Restauração e da Guerra da Aclamação, que celebra o restabelecimento da independência nacional em 1640, e seguiu depois para as cerimónias fúnebres do antigo presidente da Mota-Engil, António Mota, e ter-se-á sentido mal no aeroporto do Porto quando regressava a Lisboa.

Foi sujeito a uma cirurgia na segunda-feira à noite no Hospital de São João a uma hérnia que “corresponde a uma área da parede abdominal que é mais frágil e que permite que uma parte do intestino passe através dos tecidos", comprometendo "a capacidade de irrigar os tecidos", explicou a presidente da ULS São João, Maria João Baptista, no ponto de situação sobre o estado de saúde de Marcelo na segunda-feira à noite.

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