A diretora-geral da Saúde, Rita Sá Machado, manifestou-se hoje satisfeita com a resposta dos portugueses ao apelo das autoridades para a vacinação contra a gripe e com o aumento da adesão nos profissionais de saúde.
“Já temos em Portugal dois milhões e 300 mil pessoas vacinadas para a gripe, temos um pouco menos [no caso da] covid-19, mas a verdade é que os portugueses responderam ao nosso apelo na última semana”, disse Rita Sá Machado aos jornalistas, acrescentando que os números se estão a aproximar da população elegível, que é a meta definida para esta vacinação.
A responsável disse que a epidemia da gripe já está em fase crescente e apelou à vacinação.
O Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, sigla em inglês) tinha apelado aos países da União Europeia para acelerarem a vacinação porque os casos de gripe estão a surgir três a quatro semanas mais cedo e a circulação está a ser impulsionada por uma nova estirpe de gripe A (H3N2), subtipo K.
Para dar o exemplo, a ministra da Saúde foi hoje a uma farmácia vacinar-se contra a gripe e a covid-19 e fez mais uma vez um apelo à vacinação.
O último relatório semanal da vacinação sazonal da DGS, divulgado na terça-feira, indica que se vacinaram contra a gripe 2.297.551 pessoas, das quais 1.082.950 nas farmácias e 1.212.373 no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Segundo o documento, foram 1.252.140 as pessoas que receberam a vacina da covid-19, 596.258 nas farmácias e 654.704 no SNS.
A este respeito, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) tinha vindo alertar para o facto de o incentivo dado às farmácias para evitarem o desperdício estava a fazer perder oportunidades de vacinação.
Hoje, em declarações à Lusa, a presidente da ANF, Ema Paulino, também presente na iniciativa, sublinhou essa situação e apelou ao Ministério da Saúde para que pare de contabilizar essa taxa de desperdício para permitir que as farmácias se direcionem para “aproveitar todas as oportunidades de vacinação”.
Já quanto aos casos de sarampo, a diretora-geral da Saúde disse que não há mais casos de sarampo em Portugal, lembrando que a Europa, “porque tem baixas coberturas vacinais relativamente ao sarampo, tem um ressurgimento desta doença”.
Quanto ao caso português, admitiu que há “algumas bolsas”, mas sublinhou que “a excelente cobertura vacinal contra o sarampo” permite proteger a população.
A ministra da Saúde, questionada sobre a resposta do Serviço Nacional de Saúde no caso do Presidente da República, que foi operado de urgência na segunda-feira à noite a uma hérnia encarcerada, afirmou: “Qualquer um de nós, com aquelas características clínicas, seria tratado da mesma maneira porque uma situação de emergência implica cuidados imediatos”.