O candidato a Presidente da República António José Seguro manifestou hoje admiração pelo facto de não haver ainda no Serviço Nacional de Saúde (SNS) “um instrumento para lutar contra a corrupção”, considerando que deveria ser “uma prioridade”.
António José Seguro considerou que “não é ao fim de um conjunto de anos que esses instrumentos são criados”, mas “mais vale mais tarde do que nunca”.
O Governo convidou o juiz Carlos Alexandre a liderar a Comissão de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde, convite que o magistrado já terá aceitado, segundo a edição de hoje do Jornal de Notícias.
Seguro, no seu segundo e último dia nos Açores, na ilha de São Miguel, no âmbito de uma deslocação a instalações da Empresa de Eletricidade dos Açores, declarou aos jornalistas espera para ver “quais são resultados desse combate à corrupção” no SNS.
O candidato não quis, entretanto, debruçar-se sobre a escolha do juiz Carlos Alexandre, que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, confirmou hoje para presidir à Comissão de Combate à Fraude no Serviço Nacional de Saúde, dizendo que tomará posse ainda este ano.
Seguro manifestou, por outro lado, “preocupação pela situação política que se está a viver na Guiné Bissau” e desejou que, “num curto espaço de tempo, seja retomado o pleno e livre funcionamento das instituições democráticas e de soberania”.
Os militares tomaram hoje o poder na Guiné-Bissau, depois de um tiroteio que durou cerca de meia hora, segundo um comunicado das Forças Armadas guineenses.
O comunicado foi lido na televisão estatal guineense TGB pelo porta-voz do Alto Comando Militar, Dinis N´Tchama, que informa que os militares assumiram a liderança do país.
O candidato deixou ainda uma “palavra de solidariedade e de esperança” à comunidade guineense em Portugal, afirmando que, por parte do Presidente da República, “todos os contributos, diligências e diplomacia é necessária” para se retomar a normalidade democrática.
Seguro falou ainda sobre a Ucrânia, afirmando esperar que as negociações em curso “conduzam a um cessar-fogo”, mas “também a uma paz duradoura, em respeito pela soberania da Ucrânia” e também para a Europa.
“Não se trata apenas de fazer um acordo em que se pode a uma das partes cedências que às vezes são insustentáveis”, afirmou Seguro.