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Autoridade para Segurança dos Alimentos pede reforço da segurança contra gripe das aves

Lusa
24-11-2025 17:27h

A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) pediu hoje aos países da União Europeia (UE) que reforcem as medidas de segurança contra a gripe das aves, após alertas de novos surtos.

Entre 06 de setembro e 14 de novembro, foram detetados, em 26 países da UE, 1.443 surtos de gripe aviária em aves selvagens, o número mais elevado, pelo menos, desde 2016, segundo dados da EFSA.

Assim, esta autoridade apelou aos países para que reforcem a vigilância e adotem medidas de biossegurança, segundo as recomendações publicadas.

A EFSA destacou ainda as elevadas taxas de mortalidade de grous em países como Alemanha, França e Espanha.

Entre as recomendações publicadas está ainda o confinamento das aves nas áreas afetadas pela gripe aviária, a especial monitorização dos pontos de paragem ao longo das rotas migratórias das aves selvagens e que seja evitada a alimentação artificial de aves selvagens.

As carcaças de aves selvagens devem ser imediatamente retiradas para evitar o risco de contágio com outras espécies.

Por sua vez, a caça deve ser reduzida, bem como o uso de drones ou de outras atividades que possam perturbar as aves.

Em Portugal, um novo foco de gripe das aves foi detetado no Ramalhal, em Torres Vedras, numa capoeira doméstica com gansos, patos, galinhas pintadas e codornizes, anunciou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).

O número total de focos detetados, este ano, subiu agora para 39.

Segundo a informação publicada pela DGAV, este foco foi confirmado na passada sexta-feira, no mesmo dia em que tinha sido reportado um foco numa exploração comercial de perus de engorda, também em Torres Vedras.

Também no mesmo dia foram confirmados três focos no distrito de Aveiro, em aves selvagens.

Paralelamente, foi detetado um foco, igualmente na sexta-feira, numa capoeira doméstica de galinhas e patos, em Santarém.

A DGAV tem vindo a alertar que o risco de disseminação da gripe das aves é, neste momento, elevado, e pediu a adoção de medidas de segurança.

As aves domésticas em estabelecimentos localizados nas zonas de alto risco, incluindo capoeiras domésticas e aves em cativeiro, têm de estar, obrigatoriamente, em cativeiro, de acordo com as regras determinadas pela DGAV.

Já nas zonas de proteção e vigilância é proibida a circulação de aves, o repovoamento de aves de espécies cinegéticas, feiras, mercados e exposições, a circulação de carne fresca e de ovos para incubação e para consumo humano, bem como a circulação de subprodutos animais.

A DGAV precisou que todas as infrações a estas normas serão punidas.

A transmissão do vírus para humanos acontece raramente, tendo sido reportados casos esporádicos em todo o mundo. Contudo, quando ocorre, a infeção pode levar a um quadro clínico grave.

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