Moçambique confirmou hoje os primeiros três casos de mpox no atual surto que afeta vários países africanos, detetados na província do Niassa, no noroeste, com os pacientes estáveis e em isolamento, segundo o Ministério da Saúde.
“Os pacientes encontram-se clinicamente estáveis e estão em isolamento domiciliar, sob monitoria das autoridades sanitárias”, lê-se num comunicado emitido hoje pelo Ministério da Saúde.
Acrescenta que os três casos, detetados no distrito de Lago, que faz fronteira com a Tanzânia, junto ao lago Niassa, foram identificados como suspeitos no dia 08 de julho de 2025, nos postos administrativos de Metangula e Cobue, e dois dias depois foram confirmados pelo laboratório de Saúde Pública para mpox.
Fonte do Ministério da Saúde confirmou à Lusa que se tratam dos primeiros casos de mpox em Moçambique do atual surto que afeta vários países da região africana, recordando que de 01 de janeiro a 08 de julho de 2025, foram notificados 77.458 casos da doença em 22 países, resultando em 501 óbitos.
Em resposta aos casos detetados no Niassa, o Ministério da Saúde, através da Direção Nacional de Saúde Pública e do Instituto Nacional de Saúde, “mobilizou uma equipa técnica para apoiar a província e o distrito afetado”, a qual vai monitorizar o tratamento dos doentes, bem como “identificar e colocar em quarentena os contactos próximos” e “reforçar a vigilância epidemiológica e promover a divulgação de mensagens de prevenção junto da população”.
“O Ministério da Saúde apela à população para manter a calma, evitar a propagação de informações falsas e acompanhar as atualizações através dos canais oficiais”, sublinha-se no comunicado.
Na região da África austral, que inclui Moçambique, já foram reportados anteriormente casos na República Democrática do Congo, Angola, Maláui, África do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo.
A Organização Mundial da Saúde declarou em agosto de 2024, pela segunda vez, a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional, em virtude do aumento do número de casos, óbitos e expansão geográfica, recorda o Ministério da Saúde moçambicano.