O ministro da Saúde moçambicano, Ussene Isse, disse hoje que o país quer tornar-se uma referência regional em inovação científica e tecnológica naquela área com a entrada em funcionamento da nova Comissão Multi-Institucional de Fiscalização de Investigação em Saúde Humana (CFISH).
“Com este ato, damos um passo importante para tornar Moçambique uma referência regional na inovação científica e tecnológica em saúde”, declarou o ministro, durante a cerimónia de posse dos nove membros da CFISH, que decorreu hoje em Maputo.
A comissão foi criada no âmbito da lei de investigação em saúde humana em Moçambique em junho de 2023 e terá como função fiscalizar todos os estudos em saúde humana realizados no país, assegurando o respeito pelos princípios da área de estudo interdisciplinar que envolve a ética e a biologia e pelas normas técnico-científicas internacionais.
Integram a CFISH especialistas provenientes de instituições académicas da área de saúde, da sociedade civil, de organizações não-governamentais, de instituições de investigação em saúde, bem como do ministério com a tutela da área ciência e tecnologia.
Aquela comissão tem, entre outras atribuições, segundo o Ministério da Saúde, a missão de fiscalizar as atividades de investigação em saúde humana em Moçambique.
Ussene Isse agradeceu aos especialistas designados por aceitarem a missão, destacando que todos foram selecionados por representarem “os melhores quadros para desempenhar esta tarefa” e que terão a responsabilidade de garantir ética, rigor e qualidade nas investigações com seres humanos.
O governante alertou ainda para os desafios impostos pela redução do financiamento externo à saúde, sublinhando que o contexto atual exige “melhor qualidade nos resultados de evidência científica”.