O presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do FC Porto, Matos Fernandes, admitiu hoje à Lusa que as eleições do clube, marcadas para 18 de abril, podem ser adiadas ou suspensas, devido à pandemia de Covid-19.
"Perante a situação preocupante atual, parece-me óbvio que terá de haver uma alteração da data. Mas primeiro teremos que receber as listas e o período termina na quinta-feira. Depois disso, haverá uma decisão em relação a isso", disse o dirigente.
Matos Fernandes esclareceu ainda que precisa de reunir-se com os candidatos para abordar a questão do adiamento do ato eleitoral para os órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2020/2024.
"Até ao dia 19 [de março], recebo, tal como ficou combinado, as candidaturas. Depois disso, vou reunir com os candidatos e vou dizer que, pela pior das razões, tudo aponta para que não se possam realizar as eleições no dia 18 de abril", explicou.
Matos Fernandes garantiu ainda, que, posteriormente, reunirá com os "colegas da MAG para trocar impressões": "Tenho a certeza de que, unanimemente, vamos ter de suspender as eleições".
O presidente da Mesa da Assembleia Geral admitiu ainda que não sabe se "ao suspender as eleições, valerá a pena apontar uma nova data", tendo em conta a incerteza sobre a evolução da situação e a duração das medidas de contingência para o combate à pandemia de Covid-29.
"Não sei se, ao suspender as eleições, valerá a penar apontar para uma nova data ou aguardar que as coisas acalmem, melhorem e regridam para, então sim, com mais certezas, marcar uma data, para não estarmos a fazê-lo sem certezas", afirmou Matos Fernandes.
A Comissão de Apoio à Recandidatura de Pinto da Costa anunciou também hoje que "serão entregues, esta terça-feira, as listas para a assembleia geral, direção e conselho fiscal e disciplinar, conjuntamente com a lista para o conselho superior".
José Fernando Rio também anunciou que entregará a lista durante a tarde de terça-feira.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.500 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, 331 pessoas foram infetadas até hoje, mas sem registo de mortes, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde.