O Governo irlandês pediu aos bares (pubs) do país que fechassem na noite de hoje e durante pelo menos duas semanas, bem como aconselhou "fortemente” as pessoas a não realizarem festas em casa para evitar a propagação da Covid-19.
A decisão foi tomada após consulta a organizações profissionais do setor, que “enfatizaram dificuldades na implementação das recomendações" do Governo para evitar ajuntamentos de mais de cem pessoas, anunciou o executivo em comunicado.
Os ‘pubs’, justifica, “promovem interação social num ambiente no qual o álcool reduz as inibições pessoais”, pelo que determinou o encerramento até 29 de março.
Pela mesma razão, o Governo irlandês apelou aos habitantes para não organizarem ou participarem em festas privadas em casa ou outros locais “que ponham a saúde das outras pessoas em risco”.
Estas medidas juntam-se a uma série de outras de distanciamento social, nomeadamente o encerramento das escolas, o cancelamento dos desfiles do Dia de São Patrício (St. Patrick), considerado o dia nacional e que normalmente atraem multidões de locais e turistas.
O pedido governamental ocorreu depois de imagens circularem nas redes sociais mostrando bares cheios durante a noite de sábado, comportamento que o ministro da Saúde, Simon Harris, denunciou no Twitter como um "insulto" aos profissionais de saúde que "trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana”.
No balanço de hoje, o ministério de Saúde irlandês confirmou ter identificado mais 40 casos do novo coronavírus, elevando para 169 o total de casos na República da Irlanda.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que regista mais de 1.800 vítimas fatais.