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ULS diz que curso de Medicina é essencial para fixação de médicos em Trás-os-Montes

LUSA
05-11-2025 19:10h

O curso de medicina hoje aprovado para a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) “é essencial” para a retenção e fixação de profissionais e para a coesão territorial, defendeu a Unidade Local de Saúde transmontana.

O conselho de administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) aprovou a abertura do mestrado integrado em Medicina na UTAD, em Vila Real.

O curso foi acreditado pela A3ES por um período condicional de dois anos.

O curso, criado em estreita colaboração com a Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD), prevê a formação de 40 estudantes por ano e aposta na humanização da prestação de cuidados de saúde e na prevenção da doença.

“Este mestrado integrado em Medicina é essencial para a retenção e fixação de profissionais e para a coesão territorial do país”, afirmou Ivo Oliveira, presidente do conselho de administração da ULSTMAD.

O responsável destacou “a parceria institucional sólida com a UTAD, que permitiu a criação do Centro Académico Clínico (CACTMAD), com o objetivo de promover investigação, formação e prestação de cuidados de saúde integrados, aproximando o ensino superior da prática clínica”.

Esta parceria, acrescentou, é a base do curso de Medicina na UTAD, agora acreditado.

“Falamos de uma âncora de desenvolvimento regional, de futuro para os nossos jovens, de inovação técnica e científica, e de garantia de cuidados de saúde integrados e de excelência”, defendeu.

Para o responsável, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “desempenha também um papel inestimável na formação de profissionais de saúde”.

“O SNS é um instrumento de igualdade e de progresso social, ao serviço de todos. Presta assistência a quem dela necessita, sobretudo em momentos de fragilidade e independentemente da situação económica, estatuto social ou local de residência”, sublinhou.

Ivo Oliveira reafirmou o compromisso institucional de trabalhar para “consolidar este projeto, para que este seja um mestrado de referência a nível nacional e, em conjunto”, continuar a fazer crescer e desenvolver as duas organizações.

“Este é um dia feliz para a ULSTMAD. Quero expressar o meu reconhecimento a todos os envolvidos neste processo, nomeadamente a toda a academia da UTAD e, em especial, aos profissionais da ULS, pela qualidade, dedicação e empenho com que cumprem a nossa missão assistencial. Um passo decisivo para o futuro da Saúde em Trás-os-Montes e Alto Douro”, frisou.

Carla Amaral, vice-reitora para a Educação e Qualidade, já tinha dito à agência Lusa que esta é uma “boa notícia” para a academia e para a região de Trás-os-Montes e adiantou que a UTAD “está muito comprometida” em que as vagas abram já para o ano letivo 2026/27.

A responsável explicou que a acreditação está condicionada ao cumprimento de condições como a formação do corpo clínico e docente, como o aumento do número de docentes com doutoramento, ou a criação do centro de simulação, na unidade de Vila Real da ULSTMAD, que é classificado por Carla Amaral como “absolutamente fundamental durante o processo de ensino e aprendizagem”.

A proposta da UTAD passa pela admissão de 40 alunos por ano, um número máximo que se pretende manter ao longo dos seis anos do curso, e centra atenções na humanização e na proximidade com o paciente, bem como nos cuidados de saúde primários e nos cuidados preventivos.

Para a implementação deste mestrado integrado, foi também preparado um sistema de transportes dos estudantes que irá ligar a universidade e a ULS, que agrega os hospitais de Vila Real, Chaves e Lamego e 23 centros de saúde.

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