O Palácio Presidencial, na Cidade Alta, em Luanda, sede da Presidência angolana, está a rastrear funcionários e visitantes para prevenir possíveis contaminações do novo coronavírus que causa a doença Covid-19, constatou hoje a Lusa.
À entrada, depois de cumpridas as medidas de segurança, funcionárias e visitantes são devem utilizar gel com álcool para desinfetar as mãos e, a seguir, uma técnica de saúde procede ao rastreio com uma câmara térmica para aferir a temperatura de cada um.
O procedimento é similar ao que acontece na sala de desembarque do aeroporto internacional 4 de Fevereiro, em Luanda.
Angola, que não registou caso positivo do Covid-19, desenvolveu planos de contingência e medidas de controlo nos principais pontos de entrada do país e decretou, a partir de 03 de março, a proibição da entrada de cidadãos estrangeiros oriundos da China, centro da epidemia de Covid-19, Coreia do Sul, Irão, Itália, Nigéria, Egito e Argélia, países com casos autóctones ou registados do novo coronavírus.
No entanto, na quarta-feira passada, as autoridades angolanas decidiram retirar a lista de proibição a Nigéria, Argélia e Egito por reportarem apenas um caso.
A epidemia de Covid-19, que começou na China, pode causar infeções respiratórias como pneumonia, já provocou mais de 4.000 mortos e infetou cerca de 114 mil pessoas.
Em África, o número de casos de infeção subiu para 105 em 11 países, sete dos quais na África subsaariana: África do Sul, Argélia, Burkina Faso, Camarões, Egito, Marrocos, Nigéria, República Democrática do Congo, Senegal, Tunísia e Togo.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado".