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ULS São José lidera robótica no SNS com mais de 2.800 cirurgias realizadas desde 2019

Lusa
07-11-2025 09:48h

Mais de 2.800 cirurgias robóticas foram realizadas pela ULS São José desde 2019 e o número anual destas intervenções quintuplicou em seis anos, anunciou hoje a instituição, classificando-se como a “maior e mais experiente” do SNS nesta tecnologia.

A ULS São José, em Lisboa, estreou o primeiro robô cirúrgico do Serviço Nacional de Saúde em 8 de novembro de 2019 e, desde então, tem registado um aumento anual no número de intervenções realizadas com recurso a esta tecnologia.

“Desde a inauguração do seu robô cirúrgico, o primeiro do SNS (…), a Unidade Local de Saúde (ULS) São José já realizou 2.805 cirurgias robóticas, afirmando-se como referência nacional e internacional na utilização de robótica em cirurgia”, afirma a instituição numa nota enviada à agência Lusa.

Neste momento, a ULS São José dispõe já de dois robôs cirúrgicos, utilizados nas especialidades de urologia, cirurgia colorretal, bariátrica, hepatobiliar, pancreática, endócrina, esofagogástrica, torácica, ginecológica e pediátrica.

A análise dos dados anuais revela “um crescimento acentuado” no número de cirurgias realizadas com recurso à robótica.

Em 2020 foram efetuadas 158 cirurgias, número que aumentou para 257 em 2021, 392 em 2022, 471 em 2023 e 850 em 2024.

No presente ano, até 30 de setembro, contabilizam-se 618 cirurgias robóticas.

“Estes números colocam a ULS São José na vanguarda da robótica e refletem a nossa aposta na inovação. Somos o maior e o mais experiente centro de robótica do Serviço Nacional de Saúde”, afirma a presidente do Conselho de Administração da ULS são José, Rosa Valente de Matos.

A presidente da ULS destaca ainda “os benefícios desta técnica para a recuperação dos doentes e também para a retenção e motivação dos profissionais”.

Entre as principais vantagens da cirurgia robótica destacam-se uma maior qualidade do ato cirúrgico, associado a menor perda de sangue, menos dor, com recuperação mais rápida e melhor cosmética.

Por outro lado, com este método, o cirurgião realiza as operações sentado, posição ergonomicamente mais adequada, o que reduz significativamente o desconforto físico durante procedimentos prolongados.

“As inovações mais recentes na área da robótica incluem a utilização de uma única incisão – “porta única” – por onde passam os instrumentos, ‘feedback’ da força dos instrumentos na mão dos cirurgiões, ‘machine learning’ para análise da imagem cirúrgica, e realidade aumentada com sobreposição da imagem cirúrgica real com a obtida por imagiologia para uma cirurgia guiada”, refere a instituição.

A ULS São José refere que tem sido pioneira a nível nacional e internacional nesta área e exemplifica que em fevereiro de 2024 realizou, pela primeira vez na Europa, um transplante hepático com tecnologia robótica e, mais recentemente, o primeiro transplante de fígado do país utilizando dois robôs cirúrgicos em simultâneo, um para o recetor e outro para o dador de órgão.

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