A diretora-geral da saúde afirma que cabe aos profissionais de saúde e aos pais manterem a elevada cobertura vacinal contra o sarampo, para que o nível de preocupação em Portugal quanto à doença seja “um pouco mais inferior”.
Em entrevista ao programa “Corpo Clínico”, do Canal S+, Rita Sá Machado diz que a doença não pode ser desvalorizada. “Temos que estar sempre preocupados quanto ao vírus do sarampo”, avisa a diretora-geral da saúde, que reforça, no entanto, a mensagem da importância de Portugal manter a elevada cobertura vacinal contra a doença: “os pais têm a responsabilidade de vacinar as suas crianças e, se mantivermos o que temos feito ao longo do tempo, podemos estar com um nível de preocupação um pouco mais inferior e deixar a preocupação para os profissionais de saúde”.
Rita Sá Machado sublinha que os portugueses continuam a confiar nos profissionais de saúde e na proteção dada pelas vacinas e assegura que as autoridades de saúde estão preparadas para uma eventual situação de “relaxamento”: “estamos sempre preparados para os piores cenários relativamente à vacinação”.
A diretora-geral da saúde avisa ainda que o aumento de casos de sarampo na Europa deve ser um alerta para uma doença que não está erradicada. “O vírus ainda circula no mundo, isso significa que a nossa melhor proteção é a vacinação e os profissionais de saúde não devem achar que o sarampo é algo de outras décadas”, lembra.
Portugal confirmou, desde o dia 11 de janeiro, nove casos importados de sarampo.