“Esta contribuição do Governo do Japão não só consolidará o sistema de saúde com o reforço de equipamentos como frigoríficos, tablets e meios de transporte, como também apoiará o desenvolvimento de recursos humanos para a operação e manutenção de equipamentos, bem como monitorização e gestão eficaz de vacinas de rotina e de covid-19”, afirmou Hirose Shinichi, conselheiro e chefe adjunto da missão da Embaixada do Japão na Guiné-Bissau.

Segundo Hirose Shinichi, a “obtenção de vacinas é apenas parte do combate à pandemia”.

“Na ausência de capacidade adequada de armazenamento e transporte não é possível conservar adequadamente as vacinas para garantir a sua eficácia. A rede de frio também tem um papel crucial para o sucesso da vacinação, permitindo aumentar a capacidade de armazenamento e receber mais doses de doações”, salientou o diplomata japonês.

O secretário-geral do Ministério da Saúde, Quiletche Na Isna, destacou que está a ser feito “muito trabalho” para proteger a população da Guiné-Bissau “não só contra a covid-19, assim como outros surtos”.

“Está prevista uma campanha nacional de vacinação, que integre a covid-19. Com isso acreditamos que o país cresça a nível da cobertura vacinal”, anunciou Quiletche Na Isna, salientando que para os resultados serem atingidos é preciso haver “condições materiais”.

A representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em Bissau, Etona Ekole, salientou que a “transferência daqueles equipamentos está alinhada com o pilar de reforço do sistema de saúde apoiado pela Unicef”, que prevê melhorias no aprovisionamento, utilização, qualidade e eficiência dos serviços de saúde.

A doação foi feita no âmbito do Programa de Apoio de Emergência na resposta à crise da covid-19, assinada em março de 2022, no valor de 2,2 milhões de dólares (cerca de 2 milhões de euros).

Segundo a mesma fonte, o programa do Japão já permitiu adquirir equipamentos de cadeia de frio ao nível central e para 45 centros de saúde de 11 regiões sanitárias, beneficiando cerca de 500.000 pessoas, identificar adultos e crianças não vacinas, promover higiene ao nível comunitário, promover a adesão à vacinação contra a covid-19 a 2.206 famílias e sensibilizar 58.000 pessoas para a importância das vacinas.