O volume de negócios da Santa Casa da Misericórdia de Évora (SCME) duplicou, nos últimos 10 anos, atingindo agora os 17,6 milhões de euros, revelou hoje o provedor, que manifestou disponibilidade para um novo mandato.
Em declarações à agência Lusa, o provedor da SCME, Francisco Lopes Figueira, fez um balanço positivo dos cerca de 10 anos que leva à frente da instituição e admitiu concorrer a um novo mandato nas eleições previstas para dezembro deste ano.
“Estou disponível para continuar o trabalho, até porque há muitos investimentos para fazer e concretizar”, afirmou o provedor, a propósito de um comunicado divulgado hoje pela instituição com um balanço do trabalho desenvolvido.
Lopes Figueira entrou para a gestão da Misericórdia de Évora em 2015, sendo eleito provedor da instituição, pela primeira vez, em 2018 e reeleito em 2022.
Nestes 10 anos, indicou o responsável, a SCME passou de um volume de negócios de 8,5 milhões de euros para 17,6 milhões.
Já o ativo total cresceu de 9,7 milhões de euros para 21,5 milhões, enquanto os capitais próprios passaram de 8,1 milhões de euros para 17,8 milhões, adiantou.
“Foi uma revolução pacífica”, considerou o provedor da Misericórdia de Évora, aludindo ao crescimento da instituição.
Segundo a SCME, a par destes resultados, neste período, foram feitos vários investimentos, com destaque para as obras de ampliação do hospital, gerido em parceria com a Luz Saúde, e de construção de uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados.
“Estes investimentos, que ascendem a mais de 15 milhões de euros, foram feitos, na sua maioria, com recurso a financiamento ao abrigo de programas nacionais e comunitários, o que revela o crescimento da instituição também em termos técnicos”, realçou.
A instituição também restaurou a Igreja da Misericórdia, criou um museu e uma residência para estudantes, abriu o Colégio Rainha Dona Leonor num novo edifício e reabilitou e construiu habitações para cedência a custos controlados, entre outros projetos.
Já na vertente social, destacou o provedor, a SCME cresceu nas áreas de intervenção tradicionais e lançou-se em novos domínios, como o projeto de apoio aos sem-abrigo ou a cantina e a loja social, entre outros.
“Atendemos e servimos na área social 450 pessoas por dia”, número que inclui os “mais de 300 que dependem da Misericórdia para viver”, notou.