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Ébola: Organização Mundial de Saúde lança campanha de vacinação na RDCongo

LUSA
15-02-2021 15:38h

Uma campanha de vacinação contra o Ébola foi lançada hoje numa região do leste da República Democrática do Congo (RDCongo) onde foram diagnosticados quatro casos, incluindo duas mortes, de acordo com a Organização Mundial de Saúde.

"As autoridades lançaram hoje a campanha de vacinação Ébola em Butembo, apenas uma semana após o ressurgimento do vírus", disse o escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) na RDCongo.

Segundo a agência da Organização das Nações Unidas (ONU), "os trabalhadores da saúde no hospital de Matanda onde o primeiro caso positivo foi tratado foram os primeiros a serem vacinados".

Em 07 de fevereiro, o ministro da Saúde anunciou o ressurgimento do Ébola na zona de saúde de Biene, na província oriental do Kivu do Norte.

Desde então, foram registados quatro casos, todos de mulheres, incluindo duas mortes.

O gabinete da OMS na RDCongo informou na rede social Twitter que o quarto caso diagnosticado é de "um trabalhador de saúde (uma enfermeira) a trabalhar no hospital de Matanda na região de Katwa e a viver na zona vizinha de Musienene".

Em Biene, quatro pessoas já foram vacinadas, com mais de 334 contactos identificados e programados para serem vacinados, foi explicado.

O reaparecimento da doença de Ébola na RDCongo ocorreu três meses após o fim de um surto anterior, o décimo primeiro no país, onde a doença apareceu pela primeira vez em 1976.

Em 18 de novembro de 2020, a RDCongo tinha anunciado o fim oficial da décima primeira epidemia de Ébola na província de Equador (noroeste), que matou 55 pessoas em 130 casos registados.

O vírus Ébola é transmitido aos seres humanos através de animais infetados. A transmissão humana ocorre através de fluidos corporais, sendo os principais sintomas a febre, vómitos, hemorragia e diarreia.

Tal como a RDCongo, a África Ocidental enfrenta novamente um surto de Ébola, com sete casos, incluindo três mortes, identificados no domingo no sudeste da Guiné-Conacri, onde a pior epidemia da história do vírus (2014-2016) já tinha começado.

Esta epidemia causou mais de 11.300 mortes entre 2014 e 2016, principalmente na Guiné, Serra Leoa e Libéria.

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