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CEMGFA “honrado” por eventual recondução e “orgulhoso sempre” dos militares

LUSA
12-02-2021 14:52h

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) mostrou-se hoje “muito honrado” pela possibilidade de ser reconduzido no cargo, mas lembrou que o decisor é o Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Sinto-me muito honrado com a proposta do Governo, mas temos de aguardar pela decisão do Presidente da República”, limitou-se a dizer o almirante Silva Ribeiro.

O CEMGFA respondia à Agência Lusa, após a visita do ministro da Defesa e da ministra da Saúde ao Comando Conjunto para as Operações Militares, em Oeiras, onde está instalado o grupo de apoio ao coordenador do grupo de trabalho (‘task force’) do Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19, Vice-Almirante Gouveia e Melo.

O Governo propôs quinta-feira ao Presidente da República a prorrogação por dois anos dos mandatos dos almirantes Mendes Calado e António Silva Ribeiro, respetivamente Chefe do Estado-Maior da Armada e CEMGFA, em deliberação do Conselho de Ministros.

António Silva Ribeiro, 65 anos, assumiu em 01 de março de 2018 a chefia do EMGFA, cumprindo-se uma intenção assumida pelo Governo em 2016 de substituir o general Pina Monteiro (Exército) por um oficial da Marinha. O seu mandato atual termina em 01 de março.

Os Chefes de Estado-Maior dos ramos são nomeados e exonerados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo, a qual deve ser precedida da audição, através do Ministro da Defesa Nacional, do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, prevê a lei orgânica das Forças Armadas (FA).

“Nós, desde que entramos para as FA, somos educados e treinados em duas competências essenciais: liderança e gestão. Trata-se de colocar essas competências, muito desenvolvidas ao nível dos oficiais, ao serviço do planeamento essencial ao apoio nesta crise sanitária”, em colaboração com Ministério da Saúde, disse Silva Ribeiro sobre o mediatismo atual dos militares no combate à pandemia de covid-19.

Para o CEMGFA, as mulheres e homens que lidera constituem “um extraordinário corpo de profissionais que o país tem e usa quando necessário, respeitando as decisões dos decisores políticos, aos seus diferentes níveis”.

“Esse é o papel das FA e é o que devemos fazer em prol da segurança dos portugueses, seja na paz, na guerra, no ar, no mar ou em terra. São uma organização hierarquizada e disciplinada que serve os portugueses dentro daquilo que é o quadro constitucional vigente”, resumiu.

Segundo o almirante, “o que se está a passar, neste momento, é que a excelência do serviço é mais visível ao cidadão comum”, até porque “é mais difícil ver o que os militares fazem de forma extraordinária, por exemplo, na República Centro-Africana, no Mar, no apoio aéreo à NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte)”.

“Sinto-me orgulhoso sempre, desde o dia 01 de setembro de 1974, quando entrei para as FA. Sendo militar, conheço bem a excelência das pessoas que aqui servem Portugal”, concluiu.

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