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Covid:19 - “Sinto que nas escolas está a crescer o sentimento de medo entre professores, funcionários e alguns pais”, afirma presidente da Associação Nacional Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas

CANAL S+ / VD
20-01-2021 17:31h

A escalada diária dos números da pandemia, seja de óbitos, seja de novas infeções por COVID-19 em Portugal, está a preocupar, de forma crescente, a comunidade escolar.

 

Ao Canal S+, Filinto Lima afirma “sinto que nas escolas está a crescer o sentimento de medo”. O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas defende que o Primeiro-Ministro tem de ouvir os especialistas e a Ciência, porque António Costa sempre disse que tomaria decisões com base na evidência.

O responsável acredita que o consenso que existia de que as escolas deviam continuar abertas, apesar da pandemia, desapareceu desde segunda-feira.

No dia em que arranca nas escolas portuguesas o processo de testagem de alunos, professores e funcionários, com recurso a testes rápidos de antigénio, Filinto Lima congratula-se com a medida, que só lamenta ter demorado bastante tempo a ser implementada.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas sublinha que as escolas já receberam informação por parte do Ministério da Educação de como o processo vai decorrer e que procedimentos devem seguir no caso de serem encontrados casos positivos.

Filinto Lima lembra ainda que os alunos vão ser testados com autorização dos encarregados de educação.  

Quando toda a discussão na sociedade portuguesa, em redor da evolução da pandemia, se centra no encerramento ou não das escolas, o presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas lembra que a decisão de fechar os estabelecimentos de ensino não compete aos diretores, mas antes às autoridades de saúde.

Filinto Lima censura ainda o comportamento de muitos portugueses que continuam a circular na via pública em grupos como se não estivéssemos a viver um novo período de confinamento. “Hoje vim para a escola cedo e encontrei um movimento normal. Parece que o país não está confinado”, sublinha.

Ontem no Parlamento, António Costa afirmou que não hesitará em fechar as escolas quase se confirme que a nova estirpe britânica da COVID-19 já seja dominante no nosso país.

O Primeiro-Ministro remeteu uma reavaliação do assunto para a próxima terça-feira, dia em que está previsto um novo encontro no INFARMED de especialistas com o Governo, o Presidente da República e os principais representantes dos partidos políticos com representação parlamentar.

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