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Ida de urnas aos lares para recolha de votos das Presidenciais “vai ser a maior confusão” – afirma Associação de Apoio Domiciliário, Lares e Casas de Repouso (ALI)  

CANAL S+ / VD
15-01-2021 17:00h

Com o país a viver um novo confinamento para travar a subida de novas infeções pelo SARS COV-2, a Associação de Apoio Domiciliário, Lares e Casas de Repouso (ALI) garante que “a ditadura do politicamente correto”, forçou a decisão de levar urnas da Comissão Nacional de Eleições (CNE) aos lares para recolher os votos dos idosos para as eleições Presidenciais de dia 24 de Janeiro 2021.

Ao Canal S+, João Ferreira de Almeida, presidente da ALI, não contesta a decisão, mas lamenta que tenha sido tomada “em cima da hora, logo vai ser a maior confusão”, afirma.

O responsável pela Associação de Apoio Domiciliário, Lares e Casas de Repouso adianta que a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) já veio alertar que não tem meios humanos para implementar a medida. João Ferreira de Almeida gostava, por isso, que a medida, de levar as urnas aos lares, tivesse sido “tomada com tempo para ser bem organizada”.

Para João Ferreira de Almeida, o novo confinamento que o país está a viver não vai introduzir grandes diferenças nos lares associados da ALI, dado que o decreto-lei do Governo prevê visitas aos lares. Nesse sentido, o presidente da ALI, congratula-se porque os idosos não vão ficar isolados dos seus familiares, como sucedeu, no primeiro confinamento, em Março de 2020.

Para o presidente da Associação de Apoio Domiciliário, Lares e Casas de Repouso (ALI), “as brigadas de intervenção rápida nos lares estão a funcionar bem”. João Ferreira de Almeida afirma que têm existido algumas dificuldades nos concelhos e distritos mais sobrecarregados com surtos em lares, mas são exceções à regra.

Nesta entrevista ao Canal S+, João Ferreira de Almeida, presidente da ALI mostra-se preocupado com o facto dos “idosos com mais de 80 anos não serem prioritários no Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19”.

O dirigente da Associação de Apoio Domiciliário, Lares e Casas de Repouso (ALI), “não entende o porquê da medida. Mais uma vez, porque na maioria dos países da Europa, o critério foi exatamente ao contrário.

O último boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saude (DGS) contabiliza um novo máximo histórico de vítimas. Há a lamentar nas últimas 24 horas 159 mortos por causa da COVID-19 e 10.663 novos casos de infeção. O mesmo boletim revela ainda que permanecem internadas 4.560 pessoas, 622 em cuidados intensivos.

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