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Covid-19: Hospital Garcia de Orta tem mais quatro camas de cuidados intensivos

LUSA
08-01-2021 17:54h

O Hospital Garcia de Orta abriu mais quatro camas de cuidados intensivos e aumentou a capacidade de resposta nesta área para um total de 28 camas, 19 para doentes com covid-19, anunciou hoje a unidade hospitalar de Almada.

 Apesar deste reforço do número de camas para doentes em cuidados intensivos, o Hospital Garcia de Orta (HGO) admite a possibilidade de contratualizar mais camas de cuidados intensivos com unidades privadas, “em caso de necessidade adicional e uma vez esgotada a capacidade de articulação regional”.

 Questionado pela agência Lusa, o HGO adiantou que hoje tem internados um total de 123 doentes infetados com covid-19, 105 em enfermaria e 18 em cuidados intensivos, o que significa que, pelo menos esta sexta-feira, tem apenas mais uma cama de cuidados intensivos disponível para doentes com covid-19.

 “Nas últimas oito semanas, o HGO tem mantido uma média diária de 90 a 100 camas destinadas a adultos positivos para a covid-19, em enfermaria”, é referido num comunicado do Gabinete de Comunicação daquele hospital do distrito de Setúbal.

 Em resposta a perguntas da agência Lusa, o HGO adiantou ainda que, nos últimos meses, tem estado sempre com um número elevado de casos, compatível com o máximo da sua capacidade de resposta, salientando que “tem sido um dos hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo com mais doentes positivos para a covid-19, internados em enfermaria”.

 O HGO refere também que está no Nível III do seu plano de contingência, que, inicialmente, previa um total de 66 camas em enfermaria e nove de cuidados intensivos, destinadas a doentes positivos para o vírus SARS-CoV-2.

 No que respeita ao acompanhamento de doentes `não-covid´, o HGO garante que, desde o início da pandemia, tem vindo a adotar várias medidas para dar resposta e melhorar o acesso à prestação de cuidados, tanto para doentes `covid´, como para doentes `não-covid´.

 O HGO salienta ainda que, no Serviço de Medicina Intensiva, “investiu na criação de seis quartos individuais de pressão negativa, que permitem uma gestão flexível de acordo com as necessidades `covid´ e `não-covid´, e que a “Unidade de Cirurgia de Ambulatório foi transformada em UCI [Unidade de Cuidados Intensivos], para dar resposta aos doentes infetados pelo SARS-Cov-2”.  

 De acordo com o HGO, também foram aumentados os recursos humanos da Unidade de Cuidados Intensivos, a par de um investimento de 400 mil euros no aumento de capacidade e de mais 500 mil euros na aquisição de equipamento.

 A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.899.936 mortos resultantes de mais de 88 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.590 pessoas dos 466.709 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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