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Covid-19: PCP exige reforço do SNS, maior segurança nos lares e mais proteção social

LUSA
08-01-2021 17:45h

O secretário-geral do PCP defendeu hoje que o combate à covid-19 tem de ser acompanhado por medidas de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e da segurança dos lares e pelo aumento da proteção social.

Estas posições foram transmitidas por Jerónimo de Sousa no final de uma audiência com o primeiro-ministro, em São Bento, sobre o eventual agravamento das restrições para travar a propagação do novo coronavírus.

Jerónimo de Sousa, cujo partido tem votado contra as renovações do estado de emergência, referiu que o PCP está a avaliar a evolução epidemiológica em Portugal e considerou que as medidas restritivas em preparação pelo Governo "não podem ser dissociadas e desligadas de respostas a problemas que já existem".

"O reforço do SNS em meios e em profissionais é decisivo nesta fase e consideramos que a situação nos lares exige medidas de exceção. Pelos resultados que são conhecidos, é fundamental garantir aos utentes dos lares o tratamento e a vigilância permanente", declarou o líder comunista, que se encontrava acompanhado pelo presidente do Grupo Parlamentar do PCP, João Oliveira, e pelo membro da Comissão Política do partido, Jorge Pires.

Em relação aos lares, Jerónimo de Sousa criticou o modelo de atuação criado pelo Governo baseado em brigadas rápidas, "que estão seis ou oito dias num local a cuidar dos utentes, mas tendo depois que partir para outro lado nunca acabam o trabalho".

"Há ainda uma terceira componente fundamental: O aumento das medidas de proteção social. Desligar medidas restritivas destas necessidades incontornáveis é não dar a melhor resposta. Estamos a lidar com um problema que exige uma visão mais global", sustentou.

Jerónimo de Sousa considerou que as medidas restritivas podem resolver "alguns problemas, mas, simultaneamente, aumentam outros problemas e outras doenças, sobretudo para quem vê a sua consulta adiada ou a cirurgia que fica em espera mais uma vez".

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