A Câmara do Seixal contestou hoje a decisão do Governo de prorrogar por mais 90 dias o concurso para a construção do novo hospital no concelho, no distrito de Setúbal, defendendo que a infraestrutura é “urgente”.
“O Governo comprometeu-se a construir o hospital do Seixal em 2009, mas as promessas têm sido constantemente adiadas, já que 11 anos depois nem sequer foi escolhido o projeto”, criticou a autarquia, em comunicado.
Neste sentido, o presidente do município, Joaquim Santos (PCP), considerou a prorrogação do prazo do concurso como “inadmissível” porque o novo hospital “é fundamental para os cerca de 500 mil habitantes da região”.
“Uma vez mais, a população do concelho do Seixal volta a ser prejudicada. Mesmo quando em plena pandemia se verifica a necessidade urgente de mais uma unidade hospitalar que dê resposta na Margem Sul, o Governo decide prorrogar o prazo das propostas do concurso por mais 90 dias, que já devia ter sido decido há um ano”, frisou.
Segundo a nota divulgada, o Hospital Garcia de Orta, que se localiza em Almada, mas também serve o concelho do Seixal, “há muito que se encontra em rotura e sem capacidade de dar resposta à população”.
Em 22 de janeiro de 2018, os ministérios da Saúde e das Finanças publicaram uma portaria conjunta que autorizava o lançamento do concurso para a conceção e projeto do Hospital de Proximidade do Seixal, num valor de 1,2 milhões de euros.
No entanto, indicou a Câmara do Seixal, esta é a segunda vez que o concurso é adiado, fazendo com que o processo "se arraste há demasiado tempo, prejudicando as populações".
Na nota divulgada, o município revelou também que “assumiu os custos da construção das acessibilidades”, num valor de três milhões de euros.