O governo britânico alargou hoje a testagem a qualquer pessoa com mais de cinco anos que apresente sintomas de covid-19 e anunciou avanços no novo sistema de rastreamento com recurso a aplicação de telemóvel.
O ministro da Saúde, Matt Hancock, disse que esta medida é um resultado do “aumento maciço do programa nacional de testagem”, que espera em breve ter capacidade para realizar 200 mil testes por dia.
Até agora, o governo britânico tem encontrado dificuldades em cumprir a meta de 100 mil testes por dia imposta para o final de abril, dando prioridade a pacientes e profissionais de saúde, trabalhadores e residentes de lares de idosos.
Na semana passada, o Sunday Telegraph noticiou que 50 mil amostras tinham sido enviadas para os EUA devido a problemas nos laboratórios no Reino Unido, que o governo atribuiu a “questões operacionais”.
Além de três grandes novos laboratórios dedicados à testagem de covid-19, foram criados 50 centros regionais de recolha de amostras e 116 unidades móveis, além de enviar kits por correio.
De acordo com os dados de hoje, no domingo foram realizados 100.678 testes a 67.409 pessoas, tendo 2.684 tido resultado positivo.
Hancock adiantou também que já foram recrutadas 21 mil pessoas para o sistema de rastreamento que o governo vai implementar para acompanhar o levantamento do confinamento, cuja data de lançamento não é ainda conhecida.
Estes trabalhadores vão ajudar a rastrear manualmente os contactos de qualquer pessoa que tenha feito um teste positivo e aconselhar se precisam de isolar-se, em paralelo com uma aplicação de telemóvel que vai fazer o mesmo automaticamente e que está a ser avaliada.
“Tudo junto, significa que agora temos os elementos necessários para implantar nosso serviço nacional de teste e rastreamento: a capacidade de teste, a capacidade de rastreamento e a tecnologia”, afirmou Hancock.
No total, o Reino Unido registou 246.406 pessoas infetadas, dos quais 34.796 morreram, anunciou hoje o ministério da Saúde.
O governo começou na semana passada a aliviar o regime de confinamento, incentivando a voltarem ao emprego aqueles que não possam fazer teletrabalho.
Numa segunda fase, a partir de 01 de junho, o governo britânico prevê a abertura parcial de escolas primárias, mas até agora ainda não conseguiu chegar a acordo com os sindicatos.