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Covid-19: Pelo menos 19 mortos em duas semanas em habitações ou nas ruas da capital do Equador

LUSA
15-05-2020 17:36h

Quito registou em duas semanas 19 mortes em habitações e nas ruas, diversas motivadas pelo coronavírus, indicou hoje o presidente da câmara municipal da capital do Equador, um dos países da América Latina mais atingidos pela pandemia.

“Registaram-se seis mortes que ocorreram na via pública”, declarou Jorge Yunda em declarações por telefone à agência noticiosa AFP, precisando que muitas destas mortes foram provocadas pela covid-19 e por problemas respiratórios.

A situação inquieta os habitantes da capital, após a crise que atingiu Guayaquil, o epicentro da pandemia no país e onde a capacidade de resposta dos sistemas hospitalar e funerário foi rapidamente ultrapassada.

Neste porto do leste do país, e de onde têm sido divulgadas através das redes sociais numerosas fotos de cadáveres abandonados na rua, o Governo criou uma brigada temporária de polícias e militares que recolheram em abril pelo menos 1.600 corpos de habitações e da via pública em Guayaquil.

O Equador é um dos países da América Latina mais atingidos pela pandemia, com 30.500 casos assinalados, incluindo 2.338 mortos. As autoridades também se referiram a outros 1.561 óbitos, provavelmente motivados pelo coronavírus.

Segundo Jorge Yunda, na capital Quito, que regista cerca de 2.200 casos, os hospitais não esgotaram a sua capacidade de receber casos de covid-19, como sucedeu em Guayaquil, capital económica do país e que indicou 8.273 casos.

O presidente da câmara de Quito assegura ainda que a taxa de mortalidade na cidade se situa na média, com 114 mortos desde a chegada da doença ao Equador, em 29 de fevereiro.

O país declarou o estado de emergência em 16 de março, prolongado até meados de junho. Decretou ainda o teletrabalho e suspendeu as aulas, com um recolher obrigatório de 15 horas por dia para fazer cumprir o confinamento da população.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 302 mil mortos e infetou mais de 4,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 1,5 milhões de doentes foram considerados curados.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (85.906) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,4 milhões).

Seguem-se o Reino Unido (33.614 mortos, mais de 236 mil casos), Itália (31.998 mortos, mais de 223 mil casos), Espanha (27.459 mortos, mais de 230 mil casos) e França (27.425 mortos, mais de 178 mil casos).

A Rússia, com menos mortos do que todos estes países (2.418), é, no entanto, o segundo país do mundo com mais infeções (mais de 262 mil).

Por regiões, a Europa soma mais de 163 mil mortos (mais de 1,8 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 91.400 mortos (perto de 1,5 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 25 mil mortos (mais de 451 mil casos), Ásia mais de 11.500 mortos (mais de 331 mil casos), Médio Oriente mais de 7.900 mortos (mais de 256 mil casos), África mais de 2.500 mortos (mais de 75 mil casos) e Oceânia com 126 mortos (mais de 8.300 casos).

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