O Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Douro Norte deslocou a área dedicada à covid-19 para uma zona independente na unidade de saúde de Mateus, devido à baixa afluência em Vila Real que soma 10 dias sem casos positivos.
O diretor executivo do ACES Marão – Douro Norte, Gabriel Martins, afirmou hoje que “há 10 dias que não se verificam novos casos” no concelho e que a afluência verificada atualmente permite fazer a reorganização dos serviços para o regresso ao funcionamento normal dos centros de saúde.
Segundo os dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), o concelho de Vila Real registou 150 casos positivos do novo coronavírus.
A área dedicada à covid-19 (ADC) de Vila Real foi instalada numa zona reservada do centro de saúde de Mateus, com acesso independente e que não interfere com o funcionamento daquela unidade.
Vai funcionar sete dias por semana, das 08:00 às 20:00, com uma equipa que inclui um médico, um enfermeiro, um assistente operacional e um assistente técnico e manter-se-á aberta enquanto “se justificar”.
“A área covid de Vila Real estava localizada numa unidade de saúde familiar (USF) e estava a condicionar quase metade daquela unidade que, agora, regressa a uma atividade normal, não estando condicionada. Esta solução permite-nos manter um nível de cuidados adequado”, salientou Gabriel Martins.
Segundo o responsável, em seis dos sete municípios afetos ao ACES foi criada uma área dedicada à covid-19, permitindo o atendimentos dos casos suspeitos sem necessidade de grandes deslocações para o acesso a apoio médico.
Com a atual evolução da pandemia, foi decidido manter a área de Vila Real com horário completo e reduzir “progressivamente o horário de atendimento” nos outros concelhos: Alijó, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião. Em Sabrosa não foi criada esta área.
“Vamos fazer uma reavaliação periódica quinzenal da afluência que temos a essas áreas dedicadas à covid-19 para percebermos se vamos mantendo uma redução de horário ou se vamos mesmo mexer no número de áreas que temos, de forma a potenciar ou a rentabilizar os nossos recursos humanos e a garantir uma resposta às outras necessidades da população”, salientou o responsável.
Quanto ao regresso dos centros de saúde à atividade assistencial normal, Gabriel Martins disse que está a ser “prudente, faseado e com um nível de alerta presente” para o caso de o processo ter de ser revisto para dar resposta à pandemia.
Portugal contabiliza 1.190 mortos associados à covid-19 em 28.583 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.