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Covid-19: Associação portuguesa em França distribui máscaras no 25 de abril

LUSA
24-04-2020 20:08h

A associação Culture Portugaise & Rosa dos Ventos (CPRV) vai distribuir no sábado cerca de mil máscaras laváveis entre os seus membros e pessoas mais frágeis de forma a assinalar a “revolução dos cravos” em França.

 

"Aproveitamos o dia 25 de abril, onde se festeja normalmente a liberdade, para dar uma liberdade suplementar, seja pelo menos um alívio de espírito, a membros da associação e pessoas mais vulneráveis. Preparamos assim a próxima fase da liberdade que esperamos voltar a ter", afirmou Paulo Marques, presidente da CPRV, em declarações à Lusa.

A associação está situada em Aulnay-sous-Bois, na região parisiense, uma das regiões mas afetadas pela pandemia provocada pelo novo coronavírus em França.

As mil máscaras que vão ser distribuídas no sábado vêm de Portugal e respondem às preocupações da comunidade nesta região francesa.

"Há dias que os ‘media’ só falam de máscaras e as pessoas estão a ficar preocupadas porque não têm máscaras. É um receio suplementar, então decidimos comprar máscaras em Portugal, permitir às empresas portuguesas de exportar o material que têm e aliviar este momento de apreensão sobre o fim do confinamento no dia 11 de maio", indicou o dirigente associativo.

A distribuição será feita casa a casa e sem qualquer tipo de contacto de proximidade, respeitando assim as regras de quarentena em vigor em França.

Segundo Paulo Marques, o maior receio da comunidade é saber se "vão estar bem protegidos" quando saírem de casa no final do período de quarentena e, numa altura em que é difícil encontrar máscaras à venda nas farmácias e no comércio aberto, a distribuição de máscaras laváveis pode ser uma solução.

Para além de dirigente associativo, Paulo Marques é eleito local em Aulnay-sous-Bois e também presidente da Civica, associação que agrupa todos os eleitos de origem portuguesa em França, indicando que a solução de máscaras laváveis vindas de Portugal foi também já proposta aos eleitos de origem portuguesa.

Quanto à disponibilidade de máscaras na região parisiense, Paulo Marques indicou que no início da pandemia "houve dificuldades de adquirir máscaras", já que todo o ‘stock’, mesmo das autarquias, foi requisitado pelo Governo para reforçar os hospitais. 

Actualmente, as máscaras adquiridas pela própria região vão começar a ser distribuídas à segunda linha, ou seja, ao comércio aberto durante o período da quarentena e, nas próximas semanas, ao público em geral, embora ainda não haja certezas sobre a imposição do uso de máscara no país.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 200 mil mortos e infetou mais de 2,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 720 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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