SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Brasileira Vale apoia Moçambique na luta contra a pandemia

LUSA
22-04-2020 21:25h

A mineradora brasileira Vale vai doar a Moçambique testes, equipamentos hospitalares e produtos de higiene para combater a propagação da covid-19 no país, anunciou hoje a empresa em comunicado.

O apoio, equivalente a dois milhões de dólares (1,8 milhões de euros), enquadra-se no âmbito da responsabilidade social da empresa, lê-se no comunicado.

"Estamos cientes da nossa responsabilidade neste momento desafiador para todos, entendemos que somos parte das comunidades e também um agente importante de transformação", disse Márcio Godoy, representante da Vale em Moçambique, citado no comunicado.

O entrega da doação arrancou no sábado na província de Tete, no centro de Moçambique, e espera-se que nos próximos dias abranja as províncias de Nampula e Niassa, no norte, e Maputo, no sul do país.

A Vale é uma das maiores empresas de Moçambique e o carvão mineral é o principal produto de exportação do país.

Nas últimas semanas, a multinacional brasileira anunciou a organização de viagens e operações de prevenção da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Questionada pela Lusa, a empresa detalhou que, "em termos de efetivo, a Vale tem cerca de 2.942 trabalhadores na mina de Moatize, dos quais 9% são estrangeiros, predominantemente brasileiros".

No âmbito das ações desencadeadas voltaram aos países de origem "cerca de 700 pessoas entre trabalhadores e seus familiares", adiantou.

A Vale Moçambique ainda não tem dados disponíveis sobre o impacto da covid-19 nas contas (quantidades de produção e financeiras) da empresa.

Em 2019, a mina de Moatize produziu oito milhões de toneladas métricas de carvão mineral, quando no ano anterior foram 11,5 milhões.

O número de casos registados oficialmente de infeção pelo novo coronavírus em Moçambique subiu de 39 para 41, anunciou hoje o Ministério da Saúde.

O número de mortes provocadas pela covid-19 em África subiu para 1.191 nas últimas horas, com mais de 24 mil casos registados da doença em 52 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.

   Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de infeções (83), seguida de Cabo Verde (73 casos e uma morte), Guiné-Bissau (52) Moçambique (41), Angola (24 infetados e dois mortos) e São Tomé e Príncipe tem três casos confirmados.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou cerca de 179 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios. 

MAIS NOTÍCIAS