O presidente executivo da Semapa, João Castello Branco, afirmou hoje que os apoios às empresas em dificuldades devido à crise covid-19 devem ser “maiores e mais rápidos”, salientando que o país precisa de estímulos à economia e não austeridade.
De acordo com informação divulgada pela empresa à Lusa, estas foram as principais declarações deixadas pelo líder da Semapa no final de uma audiência com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Belém, Lisboa.
Para João Castello Branco, “é importante acelerar um regresso à normalidade sem deixar de proteger a saúde pública” e, entretanto, “é necessário fazer chegar o dinheiro à economia e às empresas, especialmente às PME's”.
“Os apoios devem ser maiores e sobretudo mais rápidos”, defendeu o presidente da Semapa.
Para Castello Branco, é também “muito relevante implementar os seguros de crédito com garantia de Estado, especialmente para as empresas exportadoras”, como está a ser feito noutros países europeus.
Sobre se concorda ou não que o país necessita de austeridade, o líder da empresa considerou que “Portugal necessita agora de medidas de estímulo à economia”, defendendo que “o foco não deve ser a austeridade”, mas a recuperação da economia.
O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que é preciso “evitar acrescentar crise à crise” e recusou “respostas de austeridade” face à pandemia de covid-19.
António Costa, que respondia a perguntas do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, no debate quinzenal, na Assembleia da República, disse que o Governo tem “um caminho” do qual não irá “arredar pé”.
“É preciso ter consciência de que esta crise não se pode resolver com respostas de austeridade. O que temos feito visa manter vivas as empresas, os postos de trabalho e o rendimento dos trabalhadores. Temos de evitar acrescentar crise à crise”, afirmou.