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Covid-19: Açores acordam com bancos seis meses de moratória para microcrédito

LUSA
22-04-2020 19:05h

O Governo dos Açores acordou com os bancos uma moratória de seis meses para os empresários que tenham recorrido ao regime de microcrédito bancário da região, uma forma de mitigar os efeitos económicos da covid-19, anunciou hoje o executivo.

Em nota de imprensa, a vice-presidência do executivo açoriano refere que as consequências económicas da covid-19 têm afetado os empresários que recorreram à medida e que, por isso, o Governo Regional "acordou com as instituições bancárias aderentes uma moratória de seis meses na amortização de capital" e irá assumir o pagamento integral dos juros.

"Com esta medida, o Governo dos Açores assegura que as empresas que beneficiaram do microcrédito bancário não terão qualquer encargo nos próximos seis meses com os financiamentos bancários, nem com os correspondentes juros", assinala o executivo.

O regime de apoio ao microcrédito bancário é uma iniciativa do Governo dos Açores em coordenação com as entidades bancárias, para que os trabalhadores possam aceder a um crédito no valor máximo de 20 mil euros, amortizável em sete anos com um ano de carência, sendo os juros assumidos pelo executivo regional.

"O regime de apoio ao microcrédito bancário nos Açores tem como objetivo aproveitar o potencial e a vontade empreendedora de pessoas com dificuldades ao nível de integração económica e social", destaca a vice-presidência, liderada por Sérgio Ávila.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 178.500 mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, morreram 785 pessoas das 21.982 registadas como infetadas, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

O "Grande Confinamento" levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.

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