“A equipa de vigilância epidemiológica continua a verificar a situação em Liquiçá. Foram das instruções para o rastreio a todos os pacientes que vão a consultas, para que sejam identificados potenciais casos com sintomas de covid-19”, disse a porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) Odete Viegas.

A porta-voz disse que até ao momento não foram detetados quaisquer casos de contactos com os dois professores, que estão agora em isolamento em Díli e que estiveram em quarentena em casa várias semanas.

“Trata-se, por isso, de medidas preventivas e de vigilância. Em casos onde possam ser detetados sintomas de covid-19, a equipa de vigilância será informada”, referiu em conferência de imprensa.

Timor-Leste tem até ao momento 23 casos confirmados de covid-19, com 22 ativos e um paciente já recuperado.

Os professores portugueses, à semelhança do que ocorre com os restantes 20 pacientes positivos e quatro outros considerados como prováveis, estão em isolamento na Clínica de Vera Cruz em Díli.

Os dois professores portugueses, assim como mais de 80% de todos os casos, estão sem sintomas.

Estes dois docentes fazem parte do grupo de quatro professores e um motorista que tinha estado em contacto com a professora portuguesa que viajou, em 04 de abril, para Lisboa, onde, dias depois, testou positivo à covid-19.

Segundo o último balanço, Timor-Leste já fez 370 testes à covid-19.

Em Díli continuam 414 pessoas em quarentena em locais preparados pelo Governo timorense, a que se somam 78 em locais do Governo e 31 em casa em vários municípios, com destaque para Suai, a sul de Díli e para o enclave de Oecusse.

Entre as pessoas em quarentena estão 23 profissionais de saúde e um polícia que estiveram a trabalhar nos locais relacionados com a covid-19.

Já concluíram o período de quarentena um total de 1548 pessoas.

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 176 mil mortos e infetou mais de 2,5 milhões de pessoas em 193 países e territórios, com mais de 567 mil doentes considerados curados.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.