Uma professora portuguesa a lecionar em Timor-Leste, e que está em Portugal desde 04 de abril, está infetada com a covid-19, anunciou hoje um porta-voz do Governo timorense.
Rui Araújo, porta-voz do Centro Integrado de Gestão de Crise (CIGC) anunciou o caso, sobre o qual o Governo português informou as autoridades timorenses, em conferência de imprensa em Díli.
“O nosso país amigo, Portugal, informou-nos uma professora no grupo de portugueses que saiu de Timor-Leste em 04 de abril para Portugal (...) fez teste com resultado positivo” no dia 06 de abril, afirmou.
“A professora está a ser apoiada pelas autoridades de saúde de Portugal, e partilhou a informação por canais diplomáticos, para identificar contactos que teve em Timor-Leste”, acrescentou.
Equipas de saúde timorenses realizaram já testes a quatro professores, colegas da docente infetada e a um motorista, segundo fontes do Ministério da Saúde.
“A equipa de vigilância epidemiológica está a fazer acompanhamento e monitorizar esses contactos e tomou medidas, incluindo laboratoriais, necessárias”, considerou.
O embaixador de Portugal em Díli, José Pedro Machado Vieira, disse à Lusa que a situação está a ser acompanhada pelos Ministérios de Saúde dos dois países, que estão em contacto, e está a ser seguida pelas autoridades locais, pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela embaixada.
“Os professores estão em quarentena desde que o caso foi detetado, na segunda-feira da semana passada. Neste momento estamos expectantes quanto ao resultado dos testes que foram realizados na segunda-feira e que se esperam amanhã”, disse.
Nenhum dos professores registou até ao momento qualquer sintoma da doença.
O rastreio de contatos da professora em Portugal, onde chegou no dia 28 de março, está a ser feito pelas autoridades portuguesas.
Timor-Leste registou, até ao momento, seis casos da covid-19, incluindo um já recuperado.
A pandemia da covid-19 já causou mais de 118 mil mortos e infetou quase 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, sendo os Estados Unidos o país que regista o maior número de mortes (23.529) e de infetados (mais de 570 mil).